Uma nota de suicídio na porta do quarto de Chatov (nome meramente literário), dizia: «Entrem, estou enforcado». Mas ele já não «está», ele já não «é».
A morte traz a ausência do Ser e com ela a não prestabilidade do corpo. Fernando Pessoa viu bem esta relação Ser, corpo e utilidade no poema «O menino da sua mãe»: «Está inteira / e boa a cigarreira. / Ele é que já não serve».
A Primeira Vez
A primeira vez que a palavra morte se verbalizou através da conjugação de um verbo, como uma acção contra o Ser, foi no jardim do Éden e foi o Criador da Vida que a proferiu (Gn 2,17), como um aviso conducente ao Bem e ao Mal e ao livre-arbítrio do Homem.
Aceitamos que Deus falava de duas mortes, que se viriam a institucionalizar, digamos assim, a morte física e a espiritual. Depois Caim materializou a parte física da morte ao assassinar Abel.
A Morte para matar o Ser estava instituída sobre a Terra.
Caim teve, apesar do seu terrível feito, da sua arqui-construção da ideia e do facto «Morte», consciência disso, ao transpor para a universalidade dos seres humanos o incontornável verbo «morrer», ao percepcionar que qualquer um o poderia «matar».
«E serei fugitivo e errante na terra, e será que todo aquele que me achar me matará»- disse, no livro do Génesis.4,14.
Quando se morre, já não se «está». O nosso «Chatov» dispunha de Ser, quando escreveu a sua nota de suicídio «era» ou, para usar uma expressão de Heidegger, o filósofo do Ser, era «Ser-aí» (Dasein -o ser-aí ou o ser-no-mundo), ao perpetrar a sua própria morte deixou de «ser», deixou de «estar».
Por essa razão, o suicídio como resultado a que qualquer desespero conduz, é ampliado para um delicado problema filosófico, mas sobretudo teológico nosso contemporâneo.
Desde o século XX, designadamente, teólogos protestantes célebres têm-se debruçado sobre o suicídio como sendo este uma resposta materialista ao divino, Paul Tillich e Karl Barth. Também o olhar e pensar filosóficos, por exemplo, de Albert Camus, foram nesse sentido.
Não é mero axioma o início do celebrado «Mito de Sísifo», de Camus, quando escreve que «só há um problema filosófico verdadeiramente sério: é o suicídio». Claro que o evidencia como resultado do seu pensamento, não existencialista que não foi, mas de filósofo e romancista perante o absurdo que ele considerava na existência humana. Por essa razão, prossegue ao qualificar a importância do problema, que é o suicídio, como uma resposta ao julgamento de se «a vida merece ou não ser vivida».
Se não merece, então está justificado o suicídio, a morte voluntária, como alguns sociólogos já lhe chamaram.
Aquele romancista-filósofo escreveu, ainda naquele ensaio, que nunca viu ninguém morrer pelo argumento ontológico, em contrapartida, disse que viu que morrem muitas pessoas por considerarem que a vida não merece ser vivida.
Mas desde o Éden, desde os primeiros capítulos da humanidade iniciada em Adão e em Eva, que a morte e o morrer começaram por ser ontológicos e se passaram para o plano meramente físico, a essencialidade jamais deixou de estar no Ser.
Os crentes, os Cristãos pelo menos, para não falar dos Judeus ou dos Islamitas, sabem que no Ser humano vem em primeiro lugar a essência e depois a existência, porque o homem é criação divina.
A primeira vez que a palavra morte se verbalizou através da conjugação de um verbo, como uma acção contra o Ser, foi no jardim do Éden e foi o Criador da Vida que a proferiu (Gn 2,17), como um aviso conducente ao Bem e ao Mal e ao livre-arbítrio do Homem.
Aceitamos que Deus falava de duas mortes, que se viriam a institucionalizar, digamos assim, a morte física e a espiritual. Depois Caim materializou a parte física da morte ao assassinar Abel.
A Morte para matar o Ser estava instituída sobre a Terra.
Caim teve, apesar do seu terrível feito, da sua arqui-construção da ideia e do facto «Morte», consciência disso, ao transpor para a universalidade dos seres humanos o incontornável verbo «morrer», ao percepcionar que qualquer um o poderia «matar».
«E serei fugitivo e errante na terra, e será que todo aquele que me achar me matará»- disse, no livro do Génesis.4,14.
Quando se morre, já não se «está». O nosso «Chatov» dispunha de Ser, quando escreveu a sua nota de suicídio «era» ou, para usar uma expressão de Heidegger, o filósofo do Ser, era «Ser-aí» (Dasein -o ser-aí ou o ser-no-mundo), ao perpetrar a sua própria morte deixou de «ser», deixou de «estar».
Por essa razão, o suicídio como resultado a que qualquer desespero conduz, é ampliado para um delicado problema filosófico, mas sobretudo teológico nosso contemporâneo.
Desde o século XX, designadamente, teólogos protestantes célebres têm-se debruçado sobre o suicídio como sendo este uma resposta materialista ao divino, Paul Tillich e Karl Barth. Também o olhar e pensar filosóficos, por exemplo, de Albert Camus, foram nesse sentido.
Não é mero axioma o início do celebrado «Mito de Sísifo», de Camus, quando escreve que «só há um problema filosófico verdadeiramente sério: é o suicídio». Claro que o evidencia como resultado do seu pensamento, não existencialista que não foi, mas de filósofo e romancista perante o absurdo que ele considerava na existência humana. Por essa razão, prossegue ao qualificar a importância do problema, que é o suicídio, como uma resposta ao julgamento de se «a vida merece ou não ser vivida».
Se não merece, então está justificado o suicídio, a morte voluntária, como alguns sociólogos já lhe chamaram.
Aquele romancista-filósofo escreveu, ainda naquele ensaio, que nunca viu ninguém morrer pelo argumento ontológico, em contrapartida, disse que viu que morrem muitas pessoas por considerarem que a vida não merece ser vivida.
Mas desde o Éden, desde os primeiros capítulos da humanidade iniciada em Adão e em Eva, que a morte e o morrer começaram por ser ontológicos e se passaram para o plano meramente físico, a essencialidade jamais deixou de estar no Ser.
Os crentes, os Cristãos pelo menos, para não falar dos Judeus ou dos Islamitas, sabem que no Ser humano vem em primeiro lugar a essência e depois a existência, porque o homem é criação divina.
Morrer o Ser
Matar-se é, em certo sentido, confessar, proposta camusiana que tende a contribuir subjectivamente para o existencialismo, mas só na medida em que o romancista referido diz que é «confessar que se foi ultrapassado pela vida».
Esta é uma perspectiva de um agnóstico que estruturou o seu pensamento no problema da ausência de Deus, nunca afirmando a Sua não existência. Disse-o, com compreensão pelos crentes, desta forma: «ninguém pode desencorajar o apetite da divindade no coração do homem».
Isto dito por um homem sem fé, é marcante. «A existência humana é um perfeito absurdo para quem não tem fé na imortalidade»
A auto-negação da vida, a implícita negação da imortalidade da alma e do espírito da criatura humana na acepção bíblica, é uma forma de atentar, lograda ou não, contra a centelha do divino no coração do homem.
A teologia evangélica contemporânea, pela voz dos seus teólogos mais proeminentes do século XX, asseverou, com toda a colaboração bíblica, que a resposta ao suicídio, não é que o homem deva viver, mas que possa viver.
O suicídio é excluído pela graça de Deus, pela cruz e pela ressurreição de Jesus Cristo, na qual o pecado de rebelião contra a graça de Deus é expiado e abolido- escreveu de modo definitivo o teólogo Bernard Ramm.
Deus disse sim ao Homem, na Cruz através de Jesus Cristo, o suicídio quando ocorre é o homem a dizer não a Deus. É uma revolta contra o Amor divino ao Ser. Porque o Ser foi gerado pelo sopro divino nas narinas de Adão.
João Tomaz ParreiraMatar-se é, em certo sentido, confessar, proposta camusiana que tende a contribuir subjectivamente para o existencialismo, mas só na medida em que o romancista referido diz que é «confessar que se foi ultrapassado pela vida».
Esta é uma perspectiva de um agnóstico que estruturou o seu pensamento no problema da ausência de Deus, nunca afirmando a Sua não existência. Disse-o, com compreensão pelos crentes, desta forma: «ninguém pode desencorajar o apetite da divindade no coração do homem».
Isto dito por um homem sem fé, é marcante. «A existência humana é um perfeito absurdo para quem não tem fé na imortalidade»
A auto-negação da vida, a implícita negação da imortalidade da alma e do espírito da criatura humana na acepção bíblica, é uma forma de atentar, lograda ou não, contra a centelha do divino no coração do homem.
A teologia evangélica contemporânea, pela voz dos seus teólogos mais proeminentes do século XX, asseverou, com toda a colaboração bíblica, que a resposta ao suicídio, não é que o homem deva viver, mas que possa viver.
O suicídio é excluído pela graça de Deus, pela cruz e pela ressurreição de Jesus Cristo, na qual o pecado de rebelião contra a graça de Deus é expiado e abolido- escreveu de modo definitivo o teólogo Bernard Ramm.
Deus disse sim ao Homem, na Cruz através de Jesus Cristo, o suicídio quando ocorre é o homem a dizer não a Deus. É uma revolta contra o Amor divino ao Ser. Porque o Ser foi gerado pelo sopro divino nas narinas de Adão.
Um comentário:
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