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domingo, 6 de abril de 2014

Vingança: cilada diabólica

"Sede prudentes como as serpentes e símplices como as pombas"
Mateus 10.16 b.

Por Eliseu Antonio Gomes

Algo extremamente óbvio deveria sempre estar esclarecido aos cristãos: as pessoas que alimentam maldade no coração sofrem mais.

"E o Senhor disse a Caim: Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante? Se bem fizeres, não é certo que serás aceito? E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo, mas sobre ele deves dominar" - Gênesis 4.6-7.

Quando surge a discórdia

"Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno - Mateus 5.22.

"Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor" - Romanos 12.19.

 "Porque bem conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo" - Hebreus 10.30.

Deus tudo vê e não está de braços cruzados, Ele é o Protetor dos injustiçados. A desforra só pertence ao Senhor, porque só Ele é justo.

É triste observar que alguns cristãos adotam ações más porque foram vítimas da maldade alheia. Vítima de indivíduos maus eles também se tornaram pessoas más, sem conseguir enxergar em que tipo de gente ruim se transformaram. Interpretam a reação humana da contenda como algo natural, quando é um processo espiritual diabólico, que aprisiona ofensores e ofendidos para que percam o dom da salvação.

Os humildes e os  irreconciliáveis

"Bem aventurados os pacificadores" - Mateus 5.9.

É importante viver como agente promotor da paz, porém, nem sempre é possível promovê-la. Paulo escreveu "se possível tende paz com todos", porque encontramos em nossas relações interpessoais pessoas duras de coração, irreconciliáveis, e diante de gente assim a única alternativa para encontrar a tranquilidade é afastar-se delas (Romanos 1.31; 2 Timóteo 3.3).

Nos laços de relacionamentos com o próximo jamais devemos nos humilhar. Humilhar-se diante dos homens jamais será sinal da humilde que o Senhor pede que os cristãos pratiquem, mas traços negativos de fraqueza de caráter, conduta de bajulador e de falta de coragem (Provérbios 24.10; 2 Timóteo 1.7).

Na Palavra de Deus, está muito claro que o crente deve humilhar-se apenas a Deus, e não ao semelhante (1 Pedro 5.6; Tiago 4.10).

Priorize a paz

"Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus" - Mateus 5.9. Não é a vontade do Senhor que o cristão viva em briga contra o próximo, só quem investe em que haja relacionamentos de paz são considerados filhos de Deus.

"A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira" -  Provérbios 15.1. Não pense que pelo fato de você renunciar ao desejo de dar uma resposta carnal aos que lhe prejudicam estará em desvantagem, é exatamente o contrário! Toda a vantagem reside na vida daqueles que escolhem caminhar no Espírito, tal caminhada alegra a Deus e a alegria do Senhor gera na vida do caminhante espiritual força para vencer (Neemias 8.10).!

"Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira" - Efésios 4.26. Quando  o desejo de vingança por iniciativa própria domina a vida da pessoa, contamina a alma dela e faz com que o ressentimento destrua sua comunhão com Deus e a própria paz de espírito. É importante em meio ao atrito esforçar-se para não perder o controle emocional e esforçar-se para nunca guardar mágoas no coração.

A justiça divina

 "Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas" - Romanos 4.7 a.

Quando somos empurrados a entrar no círculo vicioso de responder o mal com o mal, precisamos tomar a decisão de apresentar o coração abalado para Deus, mostrar a Ele a tentação indutora ao  abandono da prática do amor ao próximo, e pedir que nos permita ver como Ele trata de nossa alma ferida com justiça.

O verdadeiro inimigo do ser humano não é o ser humano. A batalha do crente é contra Satanás e suas hostes infernais (Efésios 6.12). Então, se tentados e vencidos pela tentação de vingar-se contra alguém que comportou-se de maneira indesejável, é necessário mudar de atitude urgentemente, pois o convite de Cristo conclama ao arrependimento do pecado cometido.

Ao confessar a Jesus o erro e ter a disposição de não mais praticá-lo, indo também pedir perdão aos que fizemos maldades, alcançamos a misericórdia divina (Provérbios 28.13; 1ª João 1.9).

O coração de Deus em favor e contra o coração do ser humano

Deus é justo, e no exercício da justiça divina Ele nos trata exatamente como tratamos o próximo. Só quem possui disposição para perdoar recebe o perdão divino, e apenas quem é misericordioso para com os outros é alvo da misericórdia do Senhor.

"Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e maus. Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso" -  Lucas 6.35-36.

"Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia" - Mateus 5.7.

"Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa do juízo" - Tiago 2.13.

E.A.G.

Postagem original publicada no blog Belverede.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

A bem-aventurança do sorriso e da amizade


"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine" - 1ª Coríntios 13:1.

Nunca alimente o desejo de ódio e vingança. Não seja extremamente exigente com as pessoas. Não se precipite quando sentir vontade de reagir. Pare. Observe. Passamos a amar não quando encontramos uma pessoa perfeita, mas quando aprendemos a ver perfeitamente uma pessoa imperfeita. Ninguém é totalmente bom ou totalmente mal. Todos nós temos defeitos.

Então, seja amigável. Ame. Amor e amizade são suportes que viabilizam a felicidade e acabam com a tristeza. Ao lado de amigos, duplicamos a alegria e dividimos problemas.

Uma pessoa amiga escreveu algo que eu concordo plenamente: A medida que nos conscientizamos que o egoísmo nos diminui; o preconceito nos cega; a indiferença nos isola; a inveja nos corrói; a cobiça nos destrói, damos uma grande oportunidade a Jesus de nos dar um novo recomeço.

Então, não se negue a recomeçar sempre que precisar. Lute contra os obstáculos que encontra em seu caminho. Fixe seus olhos no aqui e no agora. Traga para hoje apenas as lições positivas que recebeu no passado, esqueça o rancor e tudo que provoque desânimo.

Seja amigável sempre. Permita que as pessoas olhem para você e se sintam privilegiadas em conhecer você. Apague com sorrisos as tristezas que desejam assaltar sua alma. Sorria para todos. Existe ações cíclicas ao sorrir: o sorriso contagia, quem ri faz outros rirem; quem você faz sorridente logo fará você  gargalhar sentindo muita felicidade.

Faça isso e você construirá um futuro sólido.

Não tenha medo de encontrar o final feliz. A vitória melhora o sabor da vida. Sucesso não é a chave para a felicidade. Felicidade é a chave para o sucesso.

É um bem-aventurado quem sabe cultivar amizades e tem sorriso fácil!

E.A.G.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

A identidade espiritual


Três verdades nessa pequena postagem:

1ª) Jesus Cristo;

2ª) Amigos a gente escolhe;

3ª) A união faz a força.

Jesus certa vez disse aos discípulos: "Já não vos chamarei servos...tenho vos chamado amigos" (João 15.15).

E, em Eclesiastes 4.12, está revelado um grande segredo: o cordão de três dobras não se quebra facilmente.

Dizem que se o elefante soubesse o quanto é forte e quanto ele causa temor entre os demais animais selvagens, seria o rei da floresta. Mas ele não é porque não tem noção do que representa na natureza.

Jesus te escolheu para ser amigo dEle.

Unido com Cristo por esse laço bonito da amizade, que Cristo te oferece, você é alguém forte e imbatível.

Você, a amizade e o Senhor entrelaçados !!!

Você tem a noção exata de quem você é, o quê representa no Reino de Deus?

E.A.G.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Eu fico com a pureza da resposta das crianças...



Em um reino muito antigo, havia um homem que devia muito dinheiro ao rei. O rei, por sua vez, quis fazer as contas com os seus súditos. E, começando a fazer os cálculos, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez milhões.

Não tendo ele como pagar, o rei mandou que o súdito, sua mulher e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto possuíam, para que a dívida se lhe pagasse.

Então aquele súdito, prostrando-se, o reverenciava, dizendo:

— Oh! Grande rei! Seja generoso para comigo, e tudo te pagarei.

Então o rei, movido de profunda compaixão, soltou-o e perdoou-lhe toda a dívida.
Saindo, porém, o súdito, do palácio, encontrou um dos seus conservos, que lhe devia cem moedas, e, lançando mão dele, sufocava-o, dizendo:

— Paga-me o que me deves.

Então o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo:

— Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei.

Ele, porém, não quis, antes foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida. Vendo, pois, os outros conservos o que aconteceu,entristeceram-se muito, e foram declarar ao rei tudo o que se passara.
Então o rei, chamando-o à sua presença e disse-lhe:

— Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste. Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?

E, indignado, o rei o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia.



Esta história foi contada por Jesus no Novo Testamento. É interessante notar que ele inicia o capítulo, onde é contada esta parábola, depois que os discípulos perguntam “quem é o maior no reino dos céus?”. O Senhor fala, então, sobre a necessidade de adotar uma postura humilde diante da vida e migrar o coração e pensamentos em direção à prática da cordialidade e simplicidade das crianças. Elas são o modelo!

Não se trata de um olhar infantil e ingênuo para o mundo, mas sim, de aprender a se alegrar mesmo tendo pouco. Saber, por exemplo, olhar para uma lata jogada no lixo e fazer dela um carro ou barco imaginário. Elas tem muito a nos ensinar (ou relembrar) sobre quando olhar para o copo metade vazio ou metade cheio.

As crianças tem este poder gigantesco de superar dificuldades e conflitos. Qual de nós, quando pequenos, nunca encontrou um bom amigo depois de uma boa briga com direito a socos, chutes e palavrões com o, até então, inimigo?

As crianças são, assim, naturalmente generosas, abraçam-se e perdoam-se com muito mais facilidade que nós adultos.

Jesus vai construindo e provocando a resposta dada aos discípulos oferecendo, pelo menos, três atitudes necessárias para se tornar “o maior no Reino dos Céus”:

1- Quem quer, de fato, ser “o maior”, tem de se tornar, primeiro, o menor. Para ser “o maior” é preciso, obrigatoriamente, não desejar ser “o maior”. O crescimento do Reino é para dentro de nós e não para fora.

2- Quem é do Reino, não se alegra com a injustiça, mas promove sempre a reconciliação. Ainda que esta seja a reconciliação com aqueles dos quais, em tese, não precisamos, não gostamos ou sejam até mesmo os “menos importantes”. Deus cuida dos pequeninos, cuidem deles também, diz Jesus.

3- A parábola do credor que não quis perdoar uma dívida infinitamente menor que a sua própria, foi parte da resposta que Jesus deu a Pedro depois de perguntar ao Senhor quantas vezes se deve perdoar alguém. Esta é a terceira qualidade ou atitude a desenvolver quando se quer ser "o maior" no Reino: uma vez perdoado, precisamos oferecer perdão também.

Nas palavras de Jesus, oferecer perdão não se trata de uma simples escolha, é mandamento, é obrigação. A menos que não queiramos ser perdoados também.

“Entre, rapidamente, em acordo com o teu adversário!” diz o Senhor em outro texto, a fim de que não sejamos surpreendidos negando o perdão que já recebemos. Em “adversário” está incluso todo tipo de gente que nos aflige, provoca dores, medos e angústias. A questão não está centrada em quem está ou não com a razão, mas em ser ligeiro no acertar das arestas, independente de qual lado, certo ou errado, se esteja.

É preciso ser paciente para suportar algumas crises e demandas, eu sei, principalmente quando elas continuam provocando dores e traumas. Mas quem quer, de fato, ser chamado de “filho da luz” ou “grande” no Reino, não espera pela queda do inimigo, não se satisfaz na punição do erro alheio, mas se alegra em ver o perdão que nos alcançou se tornar verdade palpável na vida e existência do outro também.

Negar o perdão a quem quer que seja, é negar o perdão a si mesmo. Tertuliano, um dos primeiros apologetas cristãos, dizia: "quer ser feliz por um instante? Vingue-se! Quer ser feliz a vida toda? Perdoe!".


O Deus que nos perdoa como perdoamos te abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente!



Leia outros textos do pastor Pablo Massolar
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terça-feira, 26 de julho de 2011

Lobos e ovelhas


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Jesus Cristo nos alertou: "Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores" - Mateus 7.15.

Como identificar um falso profeta, lobo devorador? Sabemos que eles existem. Lobos não poupam ovelhas, e eles estão em nossa volta bem disfarçados.

Para que a ovelha sobreviva, precisa discernir corretamente quem é ovelha e quem é lobo. Pensar que um lobo é pastor é perigoso. Mas confundir pastor com lobo leva a ovelha a correr perigo também!

Não podemos rotular os líderes evangélicos como pastores e lobos apenas por causa de sua denominação evangélica, seus dogmas, liturgias de cultos, usos e costumes. Temos que discernir e classificá-los pela Bíblia Sagrada.

Para saber quem é quem na Igreja do Senhor, é necessário ir mais além do que as impressões pessoais sobre as pessoas. Não basta ter a empatia, ou falta dela, para afirmar que determinado alguém é uma ovelha e outro alguém é um lobo.

Não basta pedir a sabedoria do céu para identicar quem realmente fala por Deus e quem fala por si mesmo. Através dos ensinamentos bíblicos podemos facilmente indentificar quem é quem entre nós. O escape é ler e absorver a Palavra de Deus, buscar aprender nela. A leitura bíblica gera discernimento espiritual.

Conhecendo as Escrituras Sagradas, temos condição de analisar corretamente se a pregação e o estilo de vida do pregador condizem com a vontade de Deus, se o vento que assopra é doutrina bíblica ou o fétido hálito dos lobos devoradores.

O discernimento espiritual se consiste em comparar o proceder das pessoas com o conteúdo da Bíblia Sagrada, de maneira totalmente imparcial . Inclusive enquadrando a nós mesmos na crítica bíblica.

Definimos pastores e lobos comparando-os com a descrição do fruto do Espírito e as obras da carne (Gálatas 5.16-23; Colossenses 2.1-23; 3.1-6). Basta observar a vida deles, ver qual testemunho eles dão. Leiamos os trechos bíblicos, eles mostram perfeitamente que ovelhas produzem o fruto do Espírito e os lobos têm comportamentos meramente da natureza humana.

O líder que é um lobo faz da ovelha um negócio, quer devorar a ovelha para saciar suas necessidades superfluas. Para ele importa crescer, mesmo que neste crescimento Cristo pareça estar diminuído.

A lista de compromissos da agenda pastoral dos lobos é pequena, enquanto a lista de compromisso pessoal é grande. Quer encontrá-los facilmente? Não os procure nos templos, será o último lugar que poderá achá-los.

É raro ver os lobos trabalhando em favor do Evangelho de Cristo, o comum é encontrá-los ocupados em atividades fora dos objetivos do ministério cristão, são vistos atarefados com as coisas desse presente século. São excelentes políticos eclesiásticos. Para eles, as placas denominacionais são mais importantes que o Evangelho de Cristo.

Lobos são contenciosos, ovelhas são pacificadoras. Longe de nós esteja a posição de semeadores de contendas. A classe dos bem-aventurados é composta apenas de pacificadores. Provérbios 6.19; Mateus 5.9.

A Igreja é Corpo de Cristo, a Noiva do Cordeiro, o Organismo Espiritual Invisível.

A Igreja do Senhor não é um templo construído com cimento e tijolos. Ela é composta de crentes salvos, gentes convertidas. Estes cristãos são o trigo, a luz, o sal da terra.

Negar a existência de salvos e convertidos é o mesmo que dizer que a morte de Cristo na cruz foi um fracasso. Jesus não fracassou. Assim sendo, mesmo que esteja fora do nosso conhecimento, precisamos aceitar a informação que ainda existem pastores apascentando as ovelhas corretamente e existem membros convertidos a Deus obedecendo e honrando a eles.

Sempe haverão ovelhas de Cristo, líderes e liderados se comportando de forma parecida com Abel, os apóstolos (que não venderam Jesus), Paulo e os crentes da Igreja de Filadelfia. Estas pessoas estão existindo porque Deus é misericordioso e o sangue de Jesus Cristo nos purififica de todo pecado.

Também temos que aceitar que a falta de amor, os lobos, os pecadores e déspostas, que existiram no passado, continuarão existindo no presente e no futuro, até Jesus Cristo voltar. Eles são o joio. São gentes parecidas com Caim, Judas Iscariotes, Demas, os nicolaitas.

Então, sempre precisamos abrir os olhos com cuidado, fazer esforço para olhar o lado positivo da vida cristã, enxergar a operação de Deus entre nós!

"Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia" - 1 Coríntios 10.12.

"Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo, conservai-vos a vós mesmos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna. E apiedai-vos de alguns, usando de discernimento; e salvai alguns com temor, arrebatando-os do fogo, odiando até a túnica manchada da carne" - Judas 20-23.

E.A.G.

Este artigo está liberado para uso, desde que citados nome de autor e o blog.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Sexo e oração



Dois amigos surdos se encontram no meio do caminho e se cumprimentam...

— Olá, que bom te ver! Vai pescar?
— Não! Eu vou pescar.
— Ah! Tá bom! Pensei que você fosse pescar...

Engraçadinha a história, mas o fato é que, mais ou menos, é assim que homens e mulheres tendem a conversar na maioria das vezes.

Depois de demonstrar toda a sua atenção, carinho e, principalmente, excitação sexual, qual homem nunca se surpreendeu com a pergunta repentina de uma mulher: “você me ama?” ?

Já, as mulheres, sentem-se desoladas e inseguras quando descobrem que o seu parceiro jamais consegue entendê-la profundamente. Superficialmente talvez, mas, completamente, eles nunca conseguem perceber todos os sinais tão claros e óbvios que elas dão sobre suas necessidades de serem simplesmente abraçadas, ouvidas ou ganharem um chocolate sem precisar pedir.

Em 99% dos casos, o problema não está na falta de amor ou algum desvio de conduta, mas na forma como homens e mulheres comunicam este amor que sentem um pelo outro. A questão é que homens, naturalmente, olham e sentem o mundo através da perspectiva deles, homens/machos, e julgam agradar as mulheres com aquilo que agrada a eles mesmos; semelhantemente as mulheres, pensando com categorias femininas, procuram satisfazer ao homem dando a eles o que elas desejariam receber. As duas experiências são completamente frustrantes e insuficientes para os dois lados. Homens e mulheres deveriam prestar mais atenção nas necessidades do outro e não somente concluírem que as suas próprias carências, refletidas no outro, é o que ele/ela desejaria receber. Até aqui, nada demais, muitos livros, sites, programas de TV, terapeutas e artigos de revistas masculinas e femininas já disseram tudo isso e ainda vamos continuar encontrando alguém fazendo sempre a mesma pergunta: “onde é que eu estou errando, então?”.

Não sou do tipo “conselheiro sentimental”, não me sinto “o experiente” ou “o sabe tudo”, eu também enfrento meus desafios diários nos relacionamentos, muitas vezes pedindo socorro. Tal qual o ferido que tenta ajudar outros feridos a se curarem também, eu vou construindo minha vida e aprendizado como qualquer ser humano normal da terra, na base da tentativa e erro. Ainda não dá para saber se mais errei ou se mais acertei até aqui, mas olho pra frente esperançosamente e continuo caminhando com alegria. Volta e meia algumas lágrimas me vêm aos olhos ou à lembrança tentando me paralisar, mas olho novamente para o caminho e volto a sorrir.

Às vezes, antevendo problemas já vividos por mim ou por conhecidos, dou a volta por outro caminho e aprendo a encontrar novas soluções para velhas questões. Algumas vezes dá certo, outras vezes é preciso percorrer todo o caminho de volta e descobrir que não existe fórmula pronta, nem mágica, para construir um relacionamento saudável para ambos.

Se existe um caminho para encontrar a resposta certa ou mais próxima do ideal, a exigência padrão em todas as situações é: amor, verdade, dedicação e paciência. Sem estes quatro elementos funcionando e interagindo entre si e entre um homem e uma mulher não dá para encontrá-lo.

No que tange à praticidade do dia-a-dia, correndo o risco talvez de ser um tanto reducionista demais, mas falando de forma simples, franca e sem rodeios sobre os caminhos daqueles que se amam, os dois lados precisam entender que, via de regra, homens se prendem com as pernas abertas; as mulheres com carinho e segurança todos os dias.

Não há nada mais terrível para uma mulher do que um homem que não a trate como prioridade, que não lhe transmita uma certa estabilidade emocional, cumplicidade ou que não saiba ouvi-la nem respeitá-la. Por outro lado, os homens tendem a se sentir extremamente desmotivados e se distanciam de relacionamentos onde suas parceiras não demonstram, de forma objetiva e prática, que sentem admiração e desejo sexual por ele.

Falando assim pode parecer meio machista para as mulheres, mas a verdade é que, uma mulher que pretenda segurar espontaneamente, em amor, o seu marido, deve se comportar como se fosse o sonho de consumo sexual dele e se dar todos os dias. Sim! Todos os dias mesmo! No entanto, o homem que deseja a fidelidade e admiração de sua esposa, deve aprender a cativá-la e cultivar o amor, o respeito, o carinho, a atenção dispensada, os cortejos, as lembranças, as declarações verbais e físicas de amor, a sensação de proteção, a entrega da própria vida em favor da amada e o amparo emocional durante toda a vida em comum e não somente durante a conquista.

Na visão bíblica do apóstolo Paulo, a falta de relações sexuais entre um casal é o motivo pelo qual muitos casamentos são tentados e, algumas vezes, levados à falência. Ele diz: “Não se recusem (sexualmente)  um ao outro, exceto por mútuo consentimento e durante certo tempo, para se dedicarem à oração. Depois, unam-se de novo, para que Satanás não os tente por não terem domínio próprio.” (I Coríntios 7.5)

Não somente o sexo, mas a relação comum-unitária entre um homem e uma mulher em toda a sua complexidade, intimidade e conjugalidade são expressões profundamente espirituais. O apóstolo Pedro demonstra esta realidade afirmando o seguinte: “Do mesmo modo vocês, maridos, sejam sábios no convívio com suas mulheres e tratem-nas com honra, como parte mais frágil e co-herdeiras do dom da graça da vida, de forma que não sejam interrompidas as suas orações.” (I Pedro 1.7)

Tirando o que não seja perversão, doença ou indignidade; entre um casal que se ama e resolve assumir a vida em comum, vale toda a entrega, toda a doação, toda a busca sexual e prazerosa como culto de gratidão ao Senhor e comunhão entre marido e mulher. E por relação sexual não considero somente o coito em si, mas o olhar, o abraço, a poesia, a devoção, a parceria, a dança, a fidelidade, o carinho, o pensamento, o peito e corpos mutuamente abertos um ao outro.


O Deus que criou o gozo sexual te abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente!


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sexta-feira, 15 de julho de 2011

Coisas de homossexual (ismo?)

Ismo = patologia?

Vejo gays e militantes da causa homossexual retificando pessoas em relação ao vocábulo homossexualismo. Segundo o "movimento", o correto seria dizer homossexualidade, porque "ismo" denota uma patologia.

Estranho bastante tal postura. Já pensou se a moda pega? Teríamos que repensar como expressar cristianismo, porque o cristão estaria sendo ofendido também. Cristialidade? E marxismo, marxilialidade? Porque os simpatizantes das ideias de Carl Marx poderiam interpretar que os consideramos doentes. Então, vamos nos acostumar com socialidade, capitalidade, e jogar para o limbo socialismo e capitalismo.

Como pronunciar imperialismo, funcionalismo, cientificismo, ceticismo, subjetivismo, relativismo, pragmatismo, criticismo? E quanto aos simpatizantes do Partido dos Trabalhadores (PT)? Continuamos com petismo? Petidade... Que nó cego!

Tudo bem, os homossexuais merecem respeito como cidadãos, mas precisa exagerar a esse ponto?

A criticidade (ou criticismo?) desse artigo é de autoria de outra pessoa, mas me engajo e endosso o conteúdo por inteiro. Achava estranho, via outros estranhando também. E resolvi publicar.

Ismo é um sufixo

Sufixo é um afixo que se une à parte final do radical, transformando-o substancialmente e condicionando-lhe não apenas no sentido, mas também a classe gramatical. A junção de palavras, sufixação, forma substantivos, verbos, adjetivos, advérbios.

Temos:

• sufixo nominal
Eles dão origem a uma palavra derivada, que seja nome, substantivo ou adjetivo: papel + ada; arroz + al; arma + mento.

• sufixo verbal
Tard + ar; entard + ecer.

• sufixo adverbial
Tardia + mente; suave + mente.

• sufixo aumentativo
Grand + alhão; boc + arra.

• sufixo diminutivo

Burr + ico; pequen + ino; chuv + isco.


O sufixo "dade" significa "modo de ser", caracteriza o individuo. Já o "ismo" determina um grupo.

Quando se aplica o sufixo "ismo" as confissões ou grupos está se referindo ao conjunto de crenças ou doutrinas desse determinado grupo, seja no campo da religião (catolicismo, protestantismo, anglicanismo, espiritismo, entre outras), no campo acadêmico (calvinismo, wiclefismo, arminianismo, hildebrandismo, metodismo) entre outros campos (políticos, idéias, filosoficos).

E.A.G.

Consulta: Enciclopédia Ilustrada do Conhecimento Essencial - Reader's Digest - 1ª edição, junho 1998.

sábado, 2 de julho de 2011

PL 122/2006 morto e enterrado


Segundo algumas informações ouvidas na Marcha Para Jesus, o PL 122/2006 estava praticamente sepultado. E, nesta sexta-feira, 1º de julho 2011, segundo a informação no site do Senador Magno Malta,  presidente da Frente Parlamentar Mista Permanente em Defesa da Família, o PL 122/2006 foi arquivado pela Senadora e atual Vice-Presidente do Senado Marta Suplicy,  durante um almoço entre os dois em seu gabinete.

Motivo de festa para os cristãos brasileiros? Sim. E de gratidão a Deus.

Derrota de homossexuais brasileiros? Não, de forma alguma. Vejo essa situação como um momento importante, momento democrático dentro de nosso Brasil democrático.

O direito de proteção aos homossexuais nunca foi pauta de resistência entre os cristãos. Este tema importantíssimo havia sido tomado de assalto por um grupo ditatorial que se inseriu entre os gays e se proclamou porta voz deles sem nunca ter sido nomeado por eles. E nesta usurpação reivindicaram interesses próprios como se fosse interesse coletivo.

Parte desse pessoal usurpador, de alguma forma também fez parte da resistência aos generais durante a Ditadura Militar. Mas eles não lutaram objetivando a Democracia, eles queriam impor o regime ditatorial deles. Acabar com uma ditadura e estabelecer outra com eles no poder. É contra este grupo de ditadores que os evangélicos foram e são contrários.

Marta Suplicy no STF

A Senadora é autora do projeto de lei, apresentado em 1995, que pleiteia uma lei viabilizando a união civil entre homossexuais.

A deliberação do Supremo Tribunal Federal (leia: O Supremo, de mal a pior) ocorreu com "lobby" dela, que esteve no gabinete do Ministro Carlos Ayres Britto, e todos os 11 ministros do STF, pressionando para que houvesse atenção ao processo movido pelo governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral, processo que pedia vista à situação de casais homoafetivos na questão da união civil aos funcionários públicos cariocas. Na ocasião, parte da Imprensa noticiou que Ayres Britto havia dito que poderia acontecer uma grande surpresa. E a surpresa foi o STF interpretar a Constituição Federal e legislar sobre o termo família, ampliando o pedido de Sergio Cabral não só aos cariocas, mas para todos os estados brasileiros.

Marta Suplicy no Legislativo

Marta Suplicy arquivou o PL122/2006, e junta com a Bancada Evangélica será escrito outro projeto que criminalize a homofobia no Brasil, com a participação amistosa de Magno Malta.

Os cristãos continuam atentos. Julio Severo escreve que a Senadora desabafou sobre as dificuldades em lidar com o PL 122/2006: “Estou tentando fazer um acerto para que não tenhamos tantos opositores ao projeto, mesmo que isso acarrete em algumas mudanças que não são boas. Estamos pensando em como fazer passar o conteúdo do PL 122, sem o número 122”.

Nós cristãos nunca fomos contra os homossexuais, apenas defendemos o direito de livre expressão e fé. Salvaguardado isso, acabou-se os quiproquós.

Que possamos comemorar: viva a Democracia!

E.A.G.

_________

Nota: A Senadora Marta Suplicy, após esta reunião com lideranças evangélicas emitiu nota à opinião pública negando intenção de arquivar o PL Lei 122/2006. Envolta em críticas da militância gay, em 15 de julho de 2011, foi anunciado um substitutivo ao projeto, cujo nome é Lei Alexandre Ivo, rapaz supostamente assassinado por ser homossexual.

Atualizado em 16 de julho de 2011 16h02.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Sem motivos para amar?



Existe amor que dure a vida toda, que a tudo perdoe e não se desanime? Existe amor que se renova todos os dias porque tudo sofre, tudo espera, tudo crê?

Minha ingênua e sincera fé diz que sim, mas muitas vezes [às vezes a maioria das vezes] o meu coração/razão/vontade não encontra tal amor... ou, se ele está lá... se cansa de tentar procurá-lo e fazer reviver um sentimento assim. Não por falta de forças ou de coragem, mas por falta de motivos.

Onde encontrar motivos para amar, então? É possível encontrá-los quando já não queremos ou temos medo de nos machucarmos de novo?

Talvez as perguntas estejam sendo feitas da maneira errada, mas não sem verdade existencial... Todo mundo procura por estes motivos de vez em quando... Eu gostaria que minha resposta fosse tão simples quanto procurar no “Google”, mas eu não tenho boas notícias sobre encontrar motivos para amar, geralmente nunca se acha um bom motivo para se fazer isto. É mais fácil [e menos complicado] não ter motivo para amar. Recusar-se a amar e trancafiar-se solitariamente dentro de uma torre alta ou mosteiro celibatário talvez seja a solução menos dolorosa.

Não amar evitaria comprometer o amor e a vida de mais algum inocente, quando, por exemplo, duas pessoas se amam e se deixam ser amadas, mas logo no início de suas caminhadas descobrem que é perigoso demais abrir o coração não só ao amor, mas às frustrações e confrontos que a vida a dois sempre causa. Ou, quem sabe, depois de muitos anos de caminhada juntos, descobrem que o motivo para se amar acabou faz tempo ou nunca, de fato, existiu. Donzelas amáveis e príncipes heróis encantados, cavalos brancos e o salvamento da princesa da torre são divertidos e empolgantes nas primeiras vezes, mas se torna enfadonho ter que se trancar na torre de novo para se proteger de uma dor ou de escalá-la perigosamente a fim de encontrar aventuras e motivações para amar todos os dias.

Não amar certamente anularia as dores e desilusões destes momentos, mas não é a decisão mais completa a ser tomada. Particularmente não creio que exista gente que foi feita para não amar; e também não creio em amor que vai e vem, que sobe e desce. Acredito no amor que fica, mesmo amassado, ferido, sozinho e nos faz ter esperança de ver hoje, no nosso agora dolorido, um horizonte amanhã, doce e ensolarado, talvez distante, mas alcançável de dias melhores, mais fáceis para se amar. Dificilmente encontra-se um bom motivo para amar persistentemente, mas quem disse que o verdadeiro amor precisa de motivos para ser amor?

O que me faz amar com vontade de amar não é o motivo, mas a consciência da existência inequívoca deste amor que está aqui dentro sem saber como. Não sei explicar, muito provavelmente ninguém conseguirá explicar, porque o amor é assim, mais forte que a morte, dolorosamente persistente, irrevogavelmente amante, paciente e benigno mesmo sem motivos. Já tentei entendê-lo, mas eu sei que só posso sentí-lo.

O bom e verdadeiro amor não precisa saber dos motivos, jamais os procura ou avalia se é possível ou não amar, só sabe que sente amor e pronto. Vai lá de peito e vida abertos. Ele lança fora todo o medo, ainda que se tenha de matar um leão por dia e a gente vá deitar cansado todas as noites.

O amor sobrevive mesmo é de mãos dadas com a fé e a esperança. O abraço dado, o beijo paciente, a presença carinhosa certamente são expressões do amor, são veículos para nos sinalizar que ele existe e nos dar novo ânimo, mas quando não os encontramos não significa que não podemos amar ou que nos faltam motivos. Dificilmente entenderemos ou reconheceremos o verdadeiro amor somente nos atos e gestos físicos. O amor manifesta-se em dom/dádiva, no que é dado sem buscar interesses próprios, nem mesmo os interesses de atender às nossas carências afetivas são válidos para buscar amar. O amor manifesta-se sem motivo aparente, até sem condições, vem como um rolo compressor ou uma simples brisa, mas vem.

É possível negligenciar o amor, fazer de conta que não existe ou abafá-lo. É possível ficar tão duro ao amor que, mesmo ele existindo, não se queria mais senti-lo. O medo da dor pode causar tudo isso, mas podemos escolher viver por medo e não deixar o amor em paz ou por fé e esperança e fazê-lo brilhar como um sol.

Amar é a capacidade de doar-se sem querer nada em troca, talvez por isso o Senhor tenha dito que, no final dos tempos, o amor se esfriaria de quase todos. Uma sociedade que luta por poder e prestígio, que compra todas as coisas, admiração e domínio, que concorre traiçoeiramente pelos melhores lugares e pisa em cima de qualquer ameaça não entende nem aceita dar sem querer qualquer coisa como pagamento. Pessoas que se amam, mas se interessam mais por disputar quem ama mais do que simplesmente amar, gente que não sabe amar só por amar corre o sério risco de ver esfriar a sensibilidade ao amor.

Logo, não existe pagamento para quem ama de verdade. E quem assim ama, não aceita tais trocas e barganhas. Continua dando, amando, crendo e alimentando a esperança não do fim, mas do recomeço pleno e movido pela alegria de simplesmente amar todos os dias, tudo sofrendo, tudo crendo e tudo esperando, até mesmo o ressurgir da sensibilidade de amar.

O Deus que assim ama te abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente!




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