sábado, 20 de julho de 2024

O(S) FRUTO(S) DO ESPÍRITO E MISSÕES – Gl 5.22, um esboço de sermão/estudo bíblico

 

 

O(S) FRUTO(S) DO ESPÍRITO E MISSÕES – Gl 5.22

 

Amor (caridade) – O amor é o vínculo da perfeição (Cl 3.14), explicação maior do que é nosso Deus (1 Jo 4.8) e bandeira do cristianismo aos homens e suas nações. “Levou-me à sala do banquete, e o seu estandarte em mim era o amor” (Ct. 2.4). Ao banquete celestial somos ordenados a convidar os homens!

Alegria (gozo) – É preciso alegria em cumprir a missão, pois quem se alegra a si mesmo fortalece (Ne 8.10). Paulo recomenda aos colaboradores do evangelho que se alegrem no Senhor (Fp 4.2-4). Muitos indivíduos e culturas ao longo da história sofreram o primeiro impacto positivo não pelas palavras dos cristãos, mas observando a sua alegria, mesmo em meio a condições e oposições as mais adversas (At 2.46,47).

Paz – Todo indivíduo, povo e cultura que não conhece a Cristo vive em conflagração, levados por ventos do engano e autojustificação para lá e cá. Mas, “Quão suaves são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!” (Is 52.7)

Longanimidade (paciência) – Sem paciência não se pode ser agricultor e suportar o ciclo do plantar e do colher (Ec 3.2), a variedade de solos (Mt 13.1-9), e a resignação crente e paciente em cumprir uma parte do trabalho sabendo que outro a concluirá, e vice-versa, como Paulo e Apolo (1 Co 3.6-8).

Benignidade (amabilidade/afabilidade) – Sem amabilidade perde-se a chave que abre as portas dos corações e das culturas. “O falar amável é árvore de vida, mas o falar enganoso esmaga o espírito” (Pv 15.4). Ver ainda Fp 4.5; 2Tm 2.24.

Bondade – A bondade de Dorcas a fazia costurar túnicas para assistir a órfãos e viúvas, além de colaborar de todas as formas com o evangelho. Seu nome é até hoje celebrado como obreira fiel e exemplar (At 9.36-42).

Fé (Fidelidade) – Sem fidelidade perdemos força diante de Deus e moral diante dos homens. Arruinamos nossa espiritualidade e nosso testemunho. Quando os habitantes de Listra tentaram adorar a Paulo e Silas, crendo-os deuses, estes foram fiéis ao Senhor e repudiaram honra para si próprios (At 14.8-16). Antes deles, e diante do próprio Saulo/Paulo, Estevão teve a honra de ser o primeiro mártir de Cristo, sendo fiel até a morte (At 7.54-59).

Mansidão (brandura/humildade) – Cultivando a mansidão damos ao mundo prova de nossa fé, como imitadores de Cristo. Pois somos imitadores daquele que disse: “Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração” (Mt 11.29). É, pois, com mansidão que devemos pregar a Cristo: “Estejam sempre preparados para responder a qualquer pessoa que pedir a razão da esperança que há em vocês. Contudo, façam isso com mansidão e respeito” [...] (1 Pe 3.15,16).           

Temperança (domínio próprio) – Sem domínio próprio não suportamos as ofensas e desabamos no dia mau. Francisco Xavier, pioneiro de Cristo no Japão, certa feita foi cuspido em face numa praça pública, grande ofensa em tal cultura de honra. Permaneceu impassível e seguiu sua pregação, o que levou um maioral da comunidade a querer para si aquela doutrina capaz de conferir tal domínio próprio aos homens.

Sammis Reachers



Se desejar, baixe gratuitamente nosso pequenino e-book Pregue a Missão: 15 Esboços de sermões sobre Missões e Evangelização. CLIQUE AQUI.

O e-book fora publicado em 2019, com 11 esboços, e agora foi ampliado para 15.


domingo, 30 de junho de 2024

AMPLITUDE #4, Revista Cristã de Literatura e Artes. Baixe a sua!



Foi em julho de 2019. Há cinco anos atrás saia o terceiro e idealizado-para-ser o último número de Amplitude. E da terceira para a segunda edição, o lapso fora já de três anos. Como um editor pode explicar uma periodicidade assim? Me ajude, amigo leitor!

Cara de pau por cara de pau, deixe-me replicar um trecho de minhas desculpas pelo enorme hiato entre a segunda e a terceira edições, citando a mim mesmo:

 

Neste tempo, pude dedicar-me, além dos compromissos acadêmicos, à edição de diversos livros e recursos em serviço da igreja e da Literatura, e à manutenção religiosa dos blogs de serviço.

 

Sim, nestes anos todos não cessamos de produzir livros e recursos, tanto  enquanto autor, quanto como organizador e editor (dê uma olhada em nossa biblioteca de recursos gratuitos, AQUI ). Mas nada podemos contra a verdade, senão pela verdade. E a verdade é que editar uma revista — ainda mais uma com as propostas de Amplitude — é trabalheira de assustar até a um editor já meio calejado. Por isso seu irregular avanço e eventual queda — queda não, tropeço — para o prático, embora doloroso, abandono.

No entanto, compreendemos por fim que Amplitude precisava viver. Mas as dificuldades permaneciam as mesmas; assim, como recolocá-la em sua jornada? A solução encontrada foi retomar as atividades entregando ao leitor uma revista mais enxuta, embora mantendo boa parte das seções que ditaram o estilo da publicação. Opa, na verdade criamos até novas seções, como a de Games ou a Pharmacia.

Com a retomada, inauguramos também a chamada para publicação, abrindo espaço para que autores submetam suas obras para a seleção e eventual veiculação na revista.

Amplitude é uma revista de posição e cosmovisão declaradamente protestante; no entanto, somos amplos em nossa irmanação criativa com nossos co-navegantes do mistério do Deus de Abraão, Isaque e Jacó: Cristãos de todas as vertentes podem ser lidos em Amplitude. Nesta edição, temos poesia e contos, crônicas e artigos, quadrinhos, resenhas de livros e até de games para refrigerar nossas almas.

O trabalho de Amplitude é fruto e consequência de um esforço de divulgação e promoção literárias iniciado no já longínquo ano de 2006, com o blog Poesia Evangélica. Até hoje, o blog já publicou em torno de 700 autores, desde iniciantes a grandes nomes do protestantismo brasileiro e mundial — alguns, de quem você jamais imaginaria terem escrito poemas. E o blog segue a todo vapor, com postagens a cada dez dias, em média. Não deixe de visitá-lo: www.poesiaevanglica.blogspot.com .

No mais, tenha uma boa leitura, e compartilhe esta revista com quantos você puder.

      Sammis Reachers, editor


PARA BAIXAR SEU EXEMPLAR PELO GOOGLE DRIVE, CLIQUE AQUI.

A revista também está disponível no Google Play Livros, AQUI.

Issuu, AQUI.

Scribd, AQUI.

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domingo, 26 de maio de 2024

Três máximas para uma vida vitoriosa

 


Tenho por prazer antigo vasculhar livros em busca de máximas, citações que comportem, em resumo e forma, o suprassumo da sabedoria humana. Nessa jornada de sofá deparei-me com um turbilhão de frases desconcertantes, que nos levam em direções inesperadas; outras, portadoras de um poder de fulminação capaz de nos fazer tombar, extasiados. Mas o que percebi, no acumulado, é que a sabedoria humana fundamental (exprimível, sempre, na forma de máximas) é simples, e pode ser apreendida, conservada e praticada por qualquer pessoa.

Bem, de minha parte, se me coubesse lhe apresentar um resumo de sabedoria, eu poderia tecer máximas de máxima simplicidade e surpreendente economia. Sua falsa obviedade, seu ar simplório, escondem o segredo de uma vida bem vivida, em tudo proveitosa – para si e para os demais navegantes de nossa espécie. Vamos lá?

 

Uma máxima em apenas três palavras: Creia em Cristo

Em duas: Seja homem

E em uma única palavra: Aja

 

Ah, mas eu sou mulher... Pois bem minha filha, faça isso, SEJA MULHER, com o melhor que puder entregar.

 

Sammis Reachers


quarta-feira, 17 de abril de 2024

10 Frases sobre a Fé - Sammis Reachers

 



A fé é um salto no escuro, que pega impulso no escuro, que mira adiante, no escuro – para alcançar além do escuro.

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A fé é fundamentalmente uma modalidade de combate. Uma forma de bater-se, de golpear, seja em plena luz, seja (e quase sempre vai ser assim) nos muitos níveis da escuridão, pelos quais temos que atravessar. A passividade do ato de fé, o 'sentar-se e esperar em Deus' é uma ilusão: ter fé é guerrear. É agir sabendo que Deus é a ponta-de-lança - o que na frente vai, rasgando caminhos - e a rija retaguarda. Somos combatentes: não é senão por isso que Deus já nos disponibilizou uma valorosa indumentária, uma perfeita ARMADURA (Ef 6.13-17).

  ***

Depositar esperança no menor e mais impotente dos homens, assim como estender a mão aos piores e mais perversos, é caritativamente exercitar e explicitar seja aos homens, seja ao céu ou ao inferno, a fé que move montanhas.

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A fé não atenta contra a razão. Pelo contrário: A verdadeira fé usa a razão como um cavalo. Num jogo de senhor e servo? Não, mas num jogo de centauro.

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Abertamente ou em secreto, todos somos circundados por tantas dúvidas que, se formos parar para duvidar, não faremos outra coisa.

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O que Deus espera e a vida requer é que você a pegue, a essa tão pequenina fé que possui, e a levante sobre si, como um farol e uma bandeira. E siga adiante, um dia depois do outro.

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E quando fazer o que é certo implica em infelicidade duradoura? E quando a cruz é banhada em chumbo, o que me diz, amigo-da-cruz-de-papel? Nem se quisesse teria o que dizer, insofrido amigo. Independente de quem seja, dos anos de magistério eclesiástico. Não teria como saber como é estar como Abraão ao pé do monte, pegando pela mão a Isaque para sacrificá-lo, imerso na própria substância do absurdo... Como Kierkegaard, o pai de dois séculos, esclareceu em Temor e Tremor: a fé é um salto para dentro do absurdo. Um voo sem escalas, objetivando, ao projetar-se sobre o absurdo, alcançar o Deus-que-transcende.

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A Fé cura o doente, o Amor cura a doença. A Esperança arregimenta seus irmãos.

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A Coragem diz "vá".

A Fé diz "vamos".

Com Fé você nunca vai sozinho.

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Uma fé veraz coordena todos os demais sentimentos. É a serviçal – logo, a capitã – da casa.


Sammis Reachers


terça-feira, 2 de abril de 2024

E-book gratuito: Frases, Poemas e Reflexões contra o ABORTO

 


O tema do aborto tem mobilizado mentes, corações e culturas ao longo da história. Nos dias de hoje, tornou-se questão incontornável, transcendendo delimitações sanitárias, sociológicas, políticas e religiosas para inserir-se no centro do debate público.

Temos, ao longo dos anos, editado diversas antologias, dos mais variados escopos e amplitudes. Em sua maioria, antologias poéticas ou de citações. Para execução de tal atividade, é de praxe a aquisição e/ou consulta de livros no gênero, e o leitor deve saber que é relativamente farta a disponibilidade – no caso das citações – de livros de frases em nossas prateleiras. No entanto, transitando, por prazer e a trabalho, por dezenas de antologias e mesmo dicionários de citações, jamais vimos o verbete “aborto” categorizado em obra alguma. Até citações esparsas sobre um tema tão significativo estão curiosamente ausentes deste gênero de literatura. Assim, tomamos para nós a tarefa de, mesmo reféns da brevidade, organizar e disponibilizar a presente obra, de maneira alguma exaustiva, sobre esse assunto vital.

E este pequeno livro é na verdade uma antologia multigêneros: às diversas citações sobre o aborto, unimos uma seleção de poemas e, por fim, uma coleção de pequenos textos de reflexão que ajudarão a iluminar nosso entendimento sobre o assunto.


       Esse é um livro gratuito, que nasce em serviço da sociedade e da melhor das intenções. Convidamos você a ler e também a compartilhar este conteúdo, com quantos achar conveniente.

Para baixar o seu exemplar gratuitamente pelo site Google Drive, CLIQUE AQUI.


sábado, 16 de março de 2024

KIERKEGAARD: 21 citações sobre a FÉ

 


1.               A fé é a mais elevada paixão de todos os homens.

 

2.               A fé é a paixão pelo possível e a esperança é a companheira inseparável da fé.

 

3.               Fé significa precisamente a inquietude profunda, forte, bem-aventurada, que impulsiona o crente, para que ele não possa aquietar-se neste mundo, de modo que se ele se aquietou completamente também cessou de ser um crente; pois um crente não pode assentar-se calmamente, tal como a gente se assenta com o cajado na mão, um crente caminha adiante.

 

4.               A fé enxerga melhor no escuro.

 

5.               A fé é um absurdo. Seu objeto é extremamente improvável, irracional e para além do alcance de qualquer argumento… Suponhamos que alguém decida que quer adquirir fé. Acompanhemos essa comédia. Ele quer ter fé, mas ao mesmo tempo também quer ter a certeza de que está dando o passo certo – então empreende um exame objetivo da probabilidade de estar certo. E o que acontece? Por meio desse exame objetivo da probabilidade, o absurdo torna-se algo diferente: torna-se provável, cada vez mais provável, extremamente provável, absolutamente provável. Agora essa pessoa está pronta para acreditar e diz a si mesma que não acredita da mesma maneira que os homens comuns, como sapateiros ou alfaiates, mas apenas depois de ter pensado toda a questão de forma adequada e compreendido sua probabilidade. Agora está pronta para acreditar. Mas vejam, nesse exato momento torna-se impossível para ela acreditar. Algo que é quase provável, possível ou extrema e absolutamente provável é algo que a pessoa pode quase conhecer, praticamente conhecer ou bem aproximadamente conhecer – mas é impossível crer. Pois o absurdo é objeto de fé e o único objeto que pode ser crível.

 

6.               A fé não resulta da investigação científica; não tem de todo uma origem direta. Pelo contrário, nesta objetividade há a tendência para perder o interesse pessoal infinito pela paixão que é a condição da fé, o ubique et musquam [lat.: por toda parte e em nenhum lugar] no qual a fé pode brotar.

 

7.               A incerteza objetiva, sustentada na apropriação da mais apaixonada interioridade é a verdade, a mais alta verdade que há para um existente. Lá onde o caminho se desvia (e onde é esse ponto não se pode estabelecer objetivamente, pois ele é, precisamente, a subjetividade), o saber objetivo é suspenso. Objetivamente ele tem, então, apenas incerteza, mas é exatamente isso que tensiona a infinita paixão da interioridade, e a verdade é justamente a ousada aventura de escolher, com a paixão da infinitude, o que é objetivamente incerto. Observo a natureza a fim de encontrar Deus e, de fato, vejo onipotência e sabedoria, mas vejo também muita outra coisa que preocupa e perturba. A summa summarum [lat.: soma total] disso é a incerteza objetiva, mas precisamente por isso a interioridade é tão grande, porque a interioridade abrange a incerteza objetiva com toda paixão da infinitude.

 

8.               Sem risco não há fé. Fé é justamente a contradição entre paixão infinita da interioridade e a incerteza objetiva. Se eu posso apreender objetivamente Deus, então eu não creio; mas, justamente porque eu não posso fazê-lo, por isso tenho de crer; e se quero manter-me na fé, tenho de constantemente cuidar de preservar na incerteza objetiva, de modo que, na incerteza objetiva, eu estou sobre “70.000 braças de água”, e contudo creio.

 

9.               Com efeito, a fé tem duas tarefas: vigiar e descobrir a cada momento a improbabilidade, o paradoxo, para então, com a paixão da interioridade, permanecer firme. […] Onde o entendimento desespera, lá a fé já está presente, a fim de tornar o desespero bem decisivo, para que o movimento da fé não se torne uma transação dentro da esfera de negociações do entendimento.

 

10.          O cristianismo ensina que tudo o que é essencialmente cristão depende somente da fé; quer, portanto, ser precisamente uma ignorância socrática e com temor de Deus que por meio da ignorância guarda a fé contra a especulação, vigiando para que o abismo da diferença qualitativa entre Deus e o homem possa ser mantido como é no paradoxo e na fé, a fim de que Deus e o homem, ainda mais terrivelmente do que nunca no paganismo, não se transformem de algum modo, philosphicepoetice [filosoficamente, poeticamente], numa unidade — no sistema.

 

11.          Tenho que confessar que jamais encontrei, no curso de minhas observações, um só exemplar autêntico do cavaleiro da fé, sem com isso negar que talvez um homem em cada dois o seja...

 

12.          Não é permitido a ninguém fazer acreditar aos outros que a fé tem pouca importância ou que é coisa fácil, quando é, pelo contrário, a maior e a mais penosa de todas as coisas.

 

13.          O verdadeiro cavaleiro da fé é uma testemunha, nunca um mestre.

 

14.          Enquanto que até agora a fé teve na incerteza um pedagogo proveitoso, ela deveria ter seu maior inimigo na certeza. De fato, se se exclui a paixão, a fé deixa de existir, e certeza e paixão não se atrelam juntas.

 

15.          Para quem serve a demonstração? A fé não precisa dela, pode até mesmo considerá-la sua inimiga. Ao contrário, quando a fé começa a se envergonhar de si mesma; quando, como uma amante que não se contenta com amar, mas que no fundo se envergonha de seu amado e por isso precisa provar que ele é algo de notável; portanto, quando a fé começa a perder a paixão; portanto, quando a fé começa a deixar de ser fé, aí a demonstração se torna necessária para que se possa desfrutar da consideração burguesa da descrença.

 

16.          Pobre, incompreendida, maior de todas as paixões: fé.


17.  O engenhoso pagão disse: Dá-me um ponto lá fora e eu moverei a terra; o nobre disse: Dá-me um grande pensamento; oh, a primeira coisa não se deixa fazer, e a segunda não adianta o bastante. Só há uma única coisa que pode ajudar, mas esta não pode ser dada por um outro alguém: crê, e transportarás montanhas!


18.               Não existe a obediência fora do sofrimento, a fé não existe fora da obediência, a eternidade não existe fora da fé. No sofrimento a obediência é obediência, na obediência a fé é fé, na fé a eternidade é eternidade.


19.               As tarefas, tanto da fé quanto da esperança, e do amor e da paciência e da humildade e da obediência, em suma, todas as tarefas humanas repousam sobre a certeza eterna, na qual têm paradeiro e aprovação, de que Deus é amor.


20.               Fé e dúvida não são dois tipos de conhecimento: são paixões opostas.


21.               O engenhoso pagão disse: Dá-me um ponto lá fora e eu moverei a terra; o nobre disse: Dá-me um grande pensamento; oh, a primeira coisa não se deixa fazer, e a segunda não adianta o bastante. Só há uma única coisa que pode ajudar, mas esta não pode ser dada por um outro alguém: crê, e transportarás montanhas!


Frases extraídas do e-book gratuito 150 Frases de Soren Kierkegaard.

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sábado, 3 de fevereiro de 2024

IBGE contrapõe número de templos religiosos à de hospitais/escolas, e expõe seu preconceito institucional

  

 Os dizeres na imagem acima são um chamariz. Utilizam a burla do ridículo e do óbvio para atrair.

Outra burla, igualmente obscena, tem sido utilizada pelo órgão oficial, e reproduzida por entes de imprensa e pessoas por todo o pais, na última semana. Ela, a burla, soa literalmente assim:

Brasil possui mais templos religiosos do que escolas e hospitais somados.

Você eventualmente deve ter visto essa "notícia", em suas redes sociais ou sites noticiosos.

O preconceito aqui é axiológico, nasce com a expressão, o próprio "raciocínio" que ela promove.

Religião é coisa de foro íntimo, particular. Templos religiosos, do terreiro de candomblé ao templo budista, passando pelo motivo velado fundamental do ódio, os templos evangélicos, são erigidos com o dinheiro dos fiéis, ou de seus idealizadores. Sim, muitos templos sequer "se pagam", e aquele que os mantém o faz por fé. Outros sim, excedem-se no lucro, e malversam algo que deveria ser sagrado. Mas em ambos, em todos esses âmbitos, eu e você, que dirá o poder público, temos pouco ou nada a ver com isso. 

Já escolas e hospitais dizem respeito a todos, pois são pagos com impostos. Seus gestores, funcionários públicos em sua maioria, estão a serviço da sociedade e por esta remunerados. Perdão, sei que essa pedagogia chega a ser ultrajante. Mas é para dar a dimensão da situação a que chegamos.

Como comparar a esfera particular com a esfera pública? Qual a relação que se busca promover ao comparar a existência de templos religiosos com a de escolas e hospitais? Fica implícito o caráter maniqueísta, de contrapor algo "positivo" a algo "negativo"; ou necessário/desnecessário, ou qualquer outra maniqueismada que se queira.

Vamos deitar um outro vestido ao raciocínio. Você viu alguma postagem ou reportagem (já não são a mesma coisa, diluídas na sopa de ideologias espúrias de seus veiculadores, uns pagos e diplomados, outros entusiastas de sofá?), sim, você viu por acaso reportagem ou postagem (que dirá recenseamento), seja do próprio IBGE, da Folha, de seu primo ateu, de seu professor marxista, nesta linha:


BRASIL TEM MAIS BARES DO QUE ECOLAS E HOSPITAIS


Viu?

Falo agora aos evangélicos. Já é tempo de levantar do canto do ringue e combater o preconceito aberto e velado que muitos vomitam ou excretam sobre nós, dia após dia. O comentário judicioso no grupo de família, escola, trabalho; a postagem tendenciosa do amigo, dO Globo ou do IBGE; o olhar repetidamente atravessado (foco no repetitivo, é sintomático) em qualquer ambiente, da empresa aos coletivos...

Eu costumo aplicar um método desconstrutivo para explicitar o preconceito das falas, preconceito que mal conseguem esconder. O truque, quase socrático em sua rusticidade, consiste na simples substituição de palavras e expressões.

Quando ouvir: "Pastor é tudo ladrão" (vários o são, conheci alguns pessoalmente) troque o "pastor" por "preto", e pergunte à pessoa se ela concorda com a mudança. "Preto é tudo ladrão". Dá até cadeia, hum? Sim, e muito justificadamente. Mas o que muitos não sabem ou não querem fazer valer é que o primeiro comentário e congêneres também. Para o bom funcionamento (e exposição do preconceituoso) vale qualquer substituição, por opção sexual (gay, lésbica, hétero, etc.), por etnia, classe profissional, nacionalidade. A ideia é a de que, quando atingida, a pessoa reflita sobre a própria intolerância que, acredite, muitas vezes é semi-voluntária e segue o abjeto padrão mental do pre-conceito: Economia mental, esforço simplificador para não esforçar-se em raciocinar, em pensar por si mesmo. Sem desconsiderar o ódio gratuito ou pago, mas execute a manobra ao rigor da Lei: presuma inocência.

Além da antiga Lei que protege a liberdade de culto - e o respeito à fé alheia, há poucos dias se comemorou o Dia de Combate à Intolerância Religiosa, firmado pela Lei 11635/07. Tal lei ou data surgiu num contexto de proteção aos cultos de matriz africana, que têm sofrido preconceito histórico, desde sua introdução (ou criação, no caso da umbanda) em nosso país. Mas a primeira Lei não protege apenas estes, assim como a segunda não visibiliza apenas a sua causa. Toda intolerância religiosa deve ser judicializada. E judicializar, você sabe, segue o mesmo processo: Gravam-se falas, "printam-se" comentários, arregimentam-se testemunhas. 

Emitir opinião contrária não é crime. A intolerância se mostra quando os termos são agressivos, quando o ódio vaza do canto das bocas, quando o padrão se repete.

O mal se combate em campo. Tomemos a iniciativa, pois a bovinidade só interessa aos açougueiros, aos carrascos. 


Sammis Reachers

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Publicado originalmente no blog Cidadania Evangélica. A reprodução deste texto é liberada em qualquer meio e plataforma, desde que creditada a fonte.


sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

1000 Citações sobre Amor, Esperança e Fé em e-book gratuito

 

Amor (ou caridade), Esperança e : As três principais virtudes cristãs, conforme arroladas pelo apóstolo Paulo no décimo terceiro capítulo da Primeira Carta aos Coríntios, um dos ou talvez mesmo o mais belo capítulo de todo o Novo Testamento. Os católicos chamam-nas de virtudes teologais, que seriam infundidas por Deus no homem, e cuja ação é complementada pelas virtudes cardinais (prudência, justiça, fortaleza e temperança).

Nesta breve seleta, reunimos nada menos que mil (e cem) citações. São textos notadamente de autores cristãos (reformados, católicos e de outras vertentes), mas não somente; autores de outras confissões religiosas aqui comparecem, e mesmo agnósticos e livres pensadores os mais diversos, contribuindo para o entendimento e a reflexão plurais sobre tais temas de infindável profundidade. Assim, mesmo focado na seara cristã, esta pequena antologia é de valia para todo tipo de leitor, todo aquele que tem sua atenção capturada pelo mundo das ideias.

Este livro é uma edição revista e ampliada do e-book “Amor, Esperança e Fé – Uma antologia de citações”, publicado em 2017, e que reunia em torno de 750 citações sobre as três virtudes. Além do acréscimo em citações, aqui inserimos uma nova seção, “As Três Virtudes”, reunindo citações que falem ao mesmo tempo sobre as três, ou ao menos duas delas. O referido e-book foi uma publicação que surgiu no rastro de comemorações dos 500 anos da Reforma Protestante.

“Bem, as virtudes teologais: o que tem isso a ver com a Reforma?”, perguntará o leitor mais desatento. E que foi a Reforma, senão um retorno ou esforço de retorno aos fundamentos da fé cristã uma vez perdidos ou obnubilados? Anseio desesperado de tornar às bases e raízes que foram amortecidas ou banidas em troca de conceitos débeis e prostituídos? Se assim entendermos, percebemos que nada há de mais basilar em nossa crença do que o consórcio destas três virtudes capitais. São elas que garantem a simplicidade revolucionária da mensagem dAquele que por todos se ofereceu na cruz.

Que esta pequena seleta seja de proveitosa e edificante leitura a você, amigo leitor. Mais do que um livro a ser lido, nosso esforço foi para tornar este volume um livro a ser revisitado enquanto durar nossa peregrinação terrena.

E agora, além da versão em e-book, gratuita, atendemos a um pedido de muitos e disponibilizamos uma versão impressa, à venda no site da Editora UICLAP.


Para baixar o e-book GRATUITO pelo site Google Drive, CLIQUE AQUI.


Caso queira adquirir o livro impresso, confira no site da UICLAP, CLICANDO AQUI.


sábado, 6 de janeiro de 2024

A escrita como ferramenta de evangelização e mobilização missionária: Programa Conversa de Missões com Sammis Reachers


No dia 04/12/2023 participamos do Programa Conversa de Missões, apresentado por Sylvia Maia de Souza. O programa, a cada segunda feira, entrevista pessoas envolvidas com o esforço missionário da igreja brasileira. O programa é uma iniciativa do DEM Congregacional e também da AMTB.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

QUAL É O MEU NOME ATUAL? - Uma dinâmica para promover e avaliar seus conhecimentos bíblicos, geográficos e missiológicos

 


QUAL É O MEU NOME ATUAL?

 https://veredasmissionarias.blogspot.com/


Objetivos: Promover e avaliar os conhecimentos bíblicos, geográficos e missiológicos dos participantes.

Materiais: Não é necessário.

 

A dinâmica se vale de nomes antigos de alguns países e cidades, conforme citados na Bíblia. A partir de dados atuais sobre tais locais, sobre suas realidades físicas, políticas e religiosas, os alunos deverão adivinhar qual o nome atual daquele lugar.

A ideia é oferecer dados sobre a realidade da presença cristã, necessidades de evangelização, dados sobre a perseguição ao cristianismo etc., colaborando para familiarizar os participantes com a realidade desses países.

Ganha aquele que obtiver mais acertos.

Se desejar, a cada acerto de um participante, o coordenador pode oferecer mais informações sobre a realidade daquele lugar, previamente pesquisadas.

Alguns exemplos que você pode utilizar (procure pesquisar outros):

 

Na Bíblia eu fui chamado de Pérsia. Hoje meus vizinhos são Turquia, Iraque, Turcomenistão, Afeganistão e Paquistão. Em minhas terras impera a religião islâmica, numa de suas duas principais vertentes: a xiita. Minha população possui apenas 1,5 % de cristãos, mas a igreja secreta tem crescido há décadas por aqui. Meu nome hoje é? – Resposta: Irã

 

A Bíblia me chama (em Is 49:12) de Sinim. Sou um país socialista, cuja população é a segunda maior do mundo. Ao expulsar os missionários estrangeiros há algumas décadas, achei que destruiria o cristianismo, “religião dos brancos”, em minhas terras. Mas a igreja secreta cresceu de uma maneira milagrosa, e hoje já é uma das maiores do mundo, embora ainda haja muitos povos não-alcançados em meu território. Sou? – Resposta: China

 

Eu fui uma cidade. Meu nome antigo era Antioquia. Em mim o apóstolo Paulo censurou a outro apóstolo, Pedro, por seu comportamento dúplice. Em mim também foi fundada a primeira igreja gentílica (não-judia) da história. Hoje abrigo um país que possui uma pequena fronteira com Israel, e está em guerra há dez anos; facções muçulmanas, bem como potências mundiais têm intervindo em meu território, e os cristãos, que gozavam de uma pequena tolerância, foram dos mais prejudicados. Antes da guerra civil eram 6%; hoje, mal chegam a 2% da população. De que país estamos falando? – Resposta: Síria

 

Fui uma cidade. Meu nome antigo era Laodiceia. Da igreja que aqui foi fundada, o próprio Cristo disse que não éramos nem frios nem quentes, mas mornos (Ap 3:14-21). Hoje minhas ruínas estão situadas num país que faz parte de dois continentes, a Europa e a Ásia, e cuja população se declara 99% muçulmana. Esse país já foi um império que ajudou a espalhar o islã por diversos lugares. Quem sou? – Resposta: Turquia

 

Na Bíblia eu fui chamada de Gadara. O “endemoniado gadareno” (Mc 5:1-20) é uma passagem famosa. No lugar onde eu me erguia, hoje está localizado um país muçulmano, vizinho de Israel. Esse país é uma monarquia, cuja língua oficial é o árabe. Comparado a outros países do Oriente Médio, aqui os cristãos desfrutam de alguma tolerância e respeito, embora sejam apenas em torno de 7% da população. No entanto, muçulmanos que se convertem a Cristo são duramente perseguidos. De que país se trata? – Resposta: Jordânia

 

Meu nome bíblico é Cirene. Como cidade, fui uma antiga colônia grega, cuja parte da história foi narrada por Heródoto, justamente o “pai da história”. Minhas ruínas estão situadas no que hoje é um grande país africano, vizinho do Egito. Tal país foi governado por anos por um ditador amado e odiado por seus cidadãos; mas as revoltas da Primavera Árabe o derrubaram, instaurando também o caos no país, pela briga de poder. Hoje tal país é uma terra sem lei, e de grande risco para cristãos. Na lista de perseguição elaborada pela Missão Portas Abertas, estou entre os dez mais. – Resposta: Líbia

 

Sou a cidade de Tiro. O país onde eu estava localizada conserva o mesmo nome, desde os tempos bíblicos até hoje. As madeiras das árvores de meu país fizeram sua fama. Nos tempos contemporâneos, mesmo estando situado no Oriente Médio, ele já possuiu 70% de população cristã (até a Primeira Guerra Mundial); no entanto, após uma guerra civil o país entrou numa sequência de crises, e hoje esse percentual não passa de 35%. O Brasil abrigou milhares de imigrantes que daqui saíram. Que país é esse? – Resposta: Líbano.

 

Meu nome é Patmos. Sou uma ilha que conserva seu nome desde os tempos bíblicos; foi aqui que o apóstolo João, prisioneiro, escreveu o livro de Apocalipse. A cultura de meu país (embora na época ele nem fosse ainda um país, mas um agrupamento de cidades independentes) ajudou a moldar a cultura ocidental. Hoje sou um dos países mais “pobres” da Europa. Mas também um dos mais cristãos: Praticamente 95% da população se declara cristã – embora o número de evangélicos mal chegue a 2%. Que país é esse? – Resposta: Grécia.

 

Sou um país onde se localiza o Monte Ararat, em que se acredita que a Arca de Noé atracou, após o nível das águas abaixar. Mas hoje tal monte pertence à Turquia, minha vizinha. Somos considerados o primeiro país a adotar o cristianismo como religião, ainda no século IV. Meu povo foi vítima de um dos maiores genocídios contra cristãos do século XX (provocado justamente pelos turcos), mas tal crime é pouco lembrado. Quem sou? – Resposta: Armênia.

 

Sou um país europeu chamado por Obadias de Sefarad. O apóstolo Paulo planejava levar o evangelho até minhas terras. Já fui uma das grandes potências mundiais, quando o mar era meu domínio, e ajudei a espalhar o catolicismo pelo mundo. Hoje, a maior parte de minha população ainda se declara católica (52%), embora os praticantes sejam menos da metade disso. E os sem religião beiram os 40% de meu povo.

Qual é o meu nome atual (no tempo de Paulo eu já tinha este nome)? – Resposta: Espanha

 

Sou um país milenar e berço de uma das primeiras civilizações. Meu território faz parte de dois continentes (Ásia e África). Abrigo o rio mais extenso do mundo (ou será o Amazonas?) e uma população de 109 milhões de almas, das quais 85% são muçulmanos. Quem sou? – Resposta: Egito

 

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