domingo, 19 de julho de 2009

Uma certa estrada...

Vejam esta estrada
Tortuosas veredas que arrastam pensamentos
Nela é tudo ou nada
Vaticínios perdem-se emaranhando momentos

Tecem longas valas
Que sepultam os que nela param absortos pelo destino
Cessam grandes falas
E tornam pálidas as manobras de fuga em desatino

Que complicado fardo?
Sair em busca do tudo e se contentar com o nada
No coração um dardo
Que vai esperar a hora final em que tudo acaba

E todos em luto
Oferecem o simbolismo da amizade que se esvai
A mente em surto
Vendo o veneno atravessar a vida e o corpo cai

Fim do destino cruel
A memória se desfaz naquela mesma estrada
Onde estão mel e fel
Apaziguando a ansiedade da alma cansada

E assim manieta o fim
Tece a história, anula a controvérsia, estende a mão
Pra você e pra mim
É a mesma estrada onde andamos, o mesmo chão

Publicado originalmente em Reflexões Sobre Quase Tudo!

Um comentário:

Sammis Reachers disse...

Belíssimo texto, Daladaier. A continuar assim, vou ter que lhe convidar para a próxima Antologia Poética...

Um abraço do Sammis