Vejam esta estrada
Tortuosas veredas que arrastam pensamentos
Nela é tudo ou nada
Vaticínios perdem-se emaranhando momentos
Tecem longas valas
Que sepultam os que nela param absortos pelo destino
Cessam grandes falas
E tornam pálidas as manobras de fuga em desatino
Que complicado fardo?
Sair em busca do tudo e se contentar com o nada
No coração um dardo
Que vai esperar a hora final em que tudo acaba
E todos em luto
Oferecem o simbolismo da amizade que se esvai
A mente em surto
Vendo o veneno atravessar a vida e o corpo cai
Fim do destino cruel
A memória se desfaz naquela mesma estrada
Onde estão mel e fel
Apaziguando a ansiedade da alma cansada
E assim manieta o fim
Tece a história, anula a controvérsia, estende a mão
Pra você e pra mim
É a mesma estrada onde andamos, o mesmo chão
Publicado originalmente em Reflexões Sobre Quase Tudo!
Um comentário:
Belíssimo texto, Daladaier. A continuar assim, vou ter que lhe convidar para a próxima Antologia Poética...
Um abraço do Sammis
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