quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Dois poemas de Wolô



Restaurando o contrito


Enquanto minha alma derramo
Diante do trono da graça
Escuto uma voz que me abraça:
Sossega, meu filho, eu te amo

Acalma o soluço sofrido,
Que manso chegou ao ouvido
Daquele que ama o contrito
No dia da Paz ou do grito

A lágrima limpa que brota
Denota um espírito santo
O pranto que Cristo desperta
Liberta o filho da derrota

E agora, passado o assombro,
Repousa tranqüilo em meu ombro;
Do amor deste instante sagrado
Escreve em teu peito um recado:

Por amor a meu Pai amoroso
Abandono esse andar cambaleante
Enxugando meus olhos, com gozo,
Posso ver o meu alvo adiante

Sem olhar para trás eu prossigo
Pois Jesus leva o fardo comigo
E em erguendo meus olhos avisto
O encontro perfeito com Cristo.


NÓS DESATADOS

Por que me amarro neste cais?
Por que me escondo no porão?
Se o mar aberto é muito mais
E o céu aberto imensidão
Nem sei...
Por que me amarro ao verbo ter?
Por que me escondo tanto assim
Nas aparências do poder
E me encolho dentro em mim?
Se o unigênito de Deus
De seu poder se esvaziou
Mas no barquinho para os seus
O mar e o vento aquietou
Já sei!
A quem criou os céus e o mar
A quem seu próprio Filho deu
Meu coração vou entregar
Navegar, voar, ser seu.

*Wolô é poeta e compositor.
Para ler mais poemas do autor, clique aqui.

Via blog Poesia Evangélica

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