Alimentei o
meu Cordeiro, todos
os outros
estão mortos, levaram séculos
a morrer, o
meu Cordeiro não
as minhas
mãos assumiram formas de amor
nos seus
cabelos, cuidei-O com desvelo
a sua beleza
era a minha
correu pelos
campos de Nazareth, as suas mãos
pela madeira,
preparavam-na para o bom nome
do carpinteiro,
o meu Cordeiro como todos
os meninos,
tinha os anjos acampados
ao redor do
seu sono, até ao dia
em que veio o
deserto
e as
multidões, as meretrizes e os publicanos
todos os
pobres sem violência
e vieram
outros do seu povo injuriá-lo, lavrar
nas suas
costas a chicote a ignorância
coroá-lo com
o peso viperino dos espinhos
e os meus
olhos não suportaram
a verdade do
meu Cordeiro numa cruz.
12-07-2014
© João Tomaz Parreira
Nenhum comentário:
Postar um comentário