segunda-feira, 5 de março de 2012

Pró Salmo 121


Inédito de J.T.Parreira

Elevo os meus olhos para os montes 
e há um monte deles
mesmo em frente, quando caminho
no cimo dos montes as Tuas mãos
fazem o resguardo do abismo
a minha fadiga é soletrada nas palavras
com que peço socorro, o meu olhar
por isso se alonga, outras vezes
vou mais depressa
pareço um adolescente a distender as pernas
e corro sem temer o sol
nem os mistérios da lua.
Sou tão pouco perante os montes
mas eles ficam para trás e não são
mais do que poeira amontoada.

4/3/2012


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