terça-feira, 27 de setembro de 2011

O rigor ascético - parte 2

De tudo que tenho lido na Bíblia Sagrada, até o momento concluí que cultuar a Deus não tem muito a ver com liturgia eclesiástica ou show gospel em dependências longe dos templos evangélicos. O culto é algo que nasce no interior do coração que ama ao Senhor, é a intenção sincera de louvar.

Aos cristãos colossenses, o apóstolo Paulo alertou que praticar a doutrina do corpo, também chamada de rigor ascético, de nada lhes adiantava. Eles não tinham em mente que ao Senhor o mais importante são os propósitos do coração e não as maneiras de agir.

As práticas religiosas alimentam a carne, se o cristão não caminhar segundo o fruto do Espírito, praticando as nove características que ele possui (Gálatas 5.16-23). Deus não aceita o fruto espiritual pela metade, não quer o coração em parte. É necessário entregar-se todo. De todo coração, de toda a alma, de todo espírito. Deus não recebe culto parcialmente.

Penso que todas as pessoas que amam a Deus se perguntam:

1 - Quais são os propósitos que me impulsionam a frequentar às reuniões na igreja?

2 - Quais são os motivos mais íntimos que me impulsiona a declarar que sou crente em Jesus Cristo?

3 - Por que jejuo?

4 - Por que prego?

5 - Por que canto?

Todas as pessoas envolvidas em ambientes religiosos e desejam se dedicar ao Senhor plenamente deve considerar que os olhos do Senhor nos vê interiormente: "Mesmo neste estado, ainda me procuram... dizendo: Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isso? (...) Eis que no dia em que jejuais, cuidais dos vossos próprios interesses e exigis que se faça todo o vosso trabalho. Eis que jejuais para contendas e rixas e para ferires com punho iníquo; jejuando assim como hoje, não se fará ouvir a vossa voz no alto”. - Isaias 58.2a, 3-4.

Pensemos em sempre fazer as coisas certas pelos objetivos corretos, porque na esfera espiritual de nada vale adotar afazeres da liturgia de culto se o que fizermos não estiver em plena dedicação ao Senhor, se a vida não estiver em obediência à vontade de Deus.

Cantar, evangelizar, ou outra ação, se for feita pela força do hábito, ou movido por interesses inconfessáveis, podem até ser aceitáveis e admiráveis aos olhos humanos, mas considerados inúteis aos olhos de Deus e reprovados por Ele.

Não é uma boa situação espiritual esquecer que o melhor para nós é fazer a coisa certa por motivos conscientes e certos.

Por favor, ao ler o conteúdo que escrevi, não recebam a minha iniciativa como desrespeito da minha parte. Não me eximo nesta reflexão. Eu me coloco dentro dessa ponderação, e digo que me esforço para viver praticando o culto racional, a conduta que agrada ao Senhor, pois meu desejo, como deve ser o de todos os leitores, é fazer do em que vive um altar para servir a Deus mais e melhor.

E.A.G.

Leia também a primeira parte dessa reflexão:

O rigor ascético  | O rigor ascético - parte 3

Nenhum comentário: