"Ora, se é corrente pregar-se que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como, pois, afirmam alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? E, se não há ressurreição de mortos, então, Cristo não ressuscitou.
E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé; e somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam.
Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram. Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.
Mas, de fato eu vos afirmo, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem." (I Coríntios 15.12-20)
Romances, livros, filmes, documentários, alguns bem, outros nem tão bem intencionados assim, tentam de todas as formas convencer-me, hoje, de que aquele que confesso ser o meu Senhor não ressuscitou. Que a crença que os cristãos professam não passa de mais uma lenda absorvida pela história como uma ficção que ganhou status de verdade e dogma religioso através de perseguição e imposição política.
O que estão gritando a plenos pulmões, de cima dos telhados da mídia e dos guetos neo-pagãos, é que a Igreja tomou emprestado figuras mitológicas e forjou sua própria divindade. Transformando um homem comum, que teria passado desapercebido pela história não fosse sua personalidade carismática, em Deus.
Comparam o homem Jesus a Buda, Moisés, Mohamed, Merlym, Maytréia e tantos outros “iluminados” que passaram e passarão pela nossa história, afirmando que há tanta salvação em Jesus Cristo como nestes outros homens.
Negam o pecado, o Bem e o Mal personalizados em alguma divindade ou lados opostos, dizendo aos seus prosélitos e vocacionados: um ou outro não importa, você é seu próprio deus, dono de si mesmo e de suas atitudes. Para provar suas “verdades” e afirmações oferecem o poder de dobrar as forças da natureza para seu próprio interesse, disponibilizando “segredos antigos” e o contato sobrenatural com “mestres espirituais” que dão aos iniciados nos mistérios da magia e da mediunidade a possibilidade de verem materializados a resposta imediata de seus deuses, invocações e encantamentos.
Alguns mais inflamados anunciam o fim do cristianismo como religião histórica. Proclamam um retorno às antigas tradições e se auto-intitulam os verdadeiros arautos do Criador ou da Criadora, como preferem outros.
Nesta desacreditada páscoa, especialmente, quero convidá-lo(a) a refletir sobre o profundo significado e verdade que há nela. Mais do que uma disputa de verdades ou de ideologias e sistemas de crenças religiosas para saber quem está com a razão. Mais do que uma briga política entre cristãos e não cristãos, precisamos estar aptos a dar respostas seguras, mesmo diante de refutações muito bem arquitetadas, sobre o “porque cremos”. Esta resposta não está somente na letra, no texto bíblico estudado. Ele é importante e essencial, é nossa regra de fé e conduta, mas é necessário trazer esta verdade de Deus revelada na Palavra para nossa existência. Do contrário nossa experiência religiosa será rebaixada a uma mera filosofia ou mitologia. Aqueles que experimentam sua fé apenas de ouvir falar e possuem pouca ou nenhuma vivencia com Deus no seu dia-a-dia terão muita dificuldade para dar respostas satisfatórias aos crescentes questionamentos e afirmações que fazem ao cristianismo atualmente.
Mais do que uma resposta ou defesa apologética da fé cristã, baseada simplesmente no conhecimento histórico, o que precisamos hoje é experimentar a presença real e poderosa de Deus, conhecer Deus e fazê-lo conhecido como Ele realmente o é. Há no mundo uma infinidade de “vozes divinas”, cada uma delas chamando para si a qualidade de verdade. Algumas dessas deidades apresentam sinais e maravilhas para reivindicar e comprovar este status. O desatento e desorientado poderá enganar-se facilmente e deixar-se ser engolido pelo sinal apresentado, mas aquele que consegue reconhecer a doce e realmente poderosa voz de Deus saberá onde encontrar a verdade.
Conhecimento por conhecimento, revelação por revelação, sinal por sinal, nada se compara à autoridade e ao poder da ressurreição no nome de Jesus Cristo, que subjuga principados, potestades, dominadores e espíritos imundos nas regiões celestiais. Que quebra toda e qualquer cadeia de engano, que descortina o entendimento, leva cativo ao senhorio de Cristo os nossos pensamentos e nos purifica e livra de todo pecado e maldade.
Sim, antes de procurarmos contra-argumentos aos questionamentos que recebemos é preciso resgatar o senhorio, autoridade e poder de Cristo em nossa vida e mente através da entrega quebrantada e submissa. Nós não somos os primeiros a precisar responder a este tipo de afirmação feita pelos que não crêem. Desde o início da era cristã, existem aqueles que afirmam não haver redenção em Cristo Jesus, tentando anular a ressurreição. O Apóstolo Paulo os confrontava não somente no conhecimento ou argumento da palavra, mas principalmente no poder de Deus, e aqui é onde saímos da esfera do conhecimento humano, natural, para o agir e convencer poderoso do Espírito Santo. É a ação do Espírito de Deus que convence o homem do pecado, da justiça e da salvação em Cristo Jesus.
Certamente a Igreja, você e eu, precisamos retomar o caminho da comunhão em santidade com o Pai. A verdadeira revelação de Deus brota nestes momentos de entrega e submissão à sua vontade. Somente a santidade em amor consegue manifestar e revelar sem barreiras o poder de Deus, e enquanto houver pecado em nossos púlpitos e altares, haverá dificuldade de convencer o mundo do seu próprio pecado e da justiça do Senhor.
Minha oração é para que nesta páscoa haja uma profunda revelação do poder da ressurreição do Senhor em sua vida. Desejo que sua experiência com Deus seja não somente no conhecimento intelectual, de ouvir falar, mas principalmente no andar com Ele, em espírito e em verdade.
Eu creio na ressurreição e na Vida Eterna, creio no Sangue do Cordeiro que tira o pecado do mundo, creio porque tenho experimentado desta realidade do Senhor. É vontade de Deus relacionar-se pessoalmente com cada um de nós, como sinal da graça e do seu Reino, como manifestação da justiça e misericórdia Dele em nós. Permita-se ser envolvido por esta verdade.
Jesus Cristo ressuscitado e vivo lhe abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente!
Leia outros textos do pastor Pablo Massolar
acessando o blog Ovelha Magra (ovelhamagra.com)
Nenhum comentário:
Postar um comentário