sábado, 14 de março de 2009

Hoje é o Dia Nacional da Poesia, eu não podia perder!

Créditos da imagem: luzdaline.wordpress.com

Dúvida

Ás vezes, duvido, confesso encabulado
Não me julguem nesta conclusão apressado
É que minha humanidade tem esse inseparável lado
Viver apreensivo, insone, preocupado

O futuro me assombra ferozmente
O silêncio enrijece a sombra sutilmente
Lança-me seu abraço, devaneio evanescente
Que, por vezes, torna minh’alma descrente

Lutas e dificuldades erguem-se como alta barreira
Inquietam e tornam a vida do abismo sobranceira
E eu me arrasto fácil e sobremaneira
Levando o olhar no horizonte à cabeceira

Tristes noites em branco debatidas em dúvida cruel
Duvidar é legítimo, mas desenvolver tende a fel
Quando sei que és grande, meu broquel
Anseio por confiança, como a abelha ao mel

Por que há combates ferozes assim?
Por que te perturbas, ó alma, dentro em mim?
Não é porque tenciono vencer sempre enfim?
A vida é uma escola do começo ao fim

Em alguns dias se ganha, noutros se perde
É assim até que a verdade qual flor medre
E a mentira dos homens a ela cede
Seu peso, seu espaço, como ela pede

Então volto à história, berço da tua realização
Tu que eras, és e sempre serás, então
Reconfortado sigo a caminhada, ergo a mão
Pois estarás comigo em todas as dores, meu leão

Vai comigo e me confortes sempre que queira desistir
Mostra-me as maravilhas das tuas mãos aqui e ali
Como pontos de apoio a sublinhar, a bramir
Que és grande Senhor, só tu me fazes resistir!

Quem sou eu sem Ti? Acrescenta-me a fé!
Publicado em Reflexões Sobre Quase Tudo!

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