terça-feira, 1 de junho de 2021

A CURA DA ANGÚSTIA NO CONHECIMENTO DE TUDO



A CURA DA ANGÚSTIA NO CONHECIMENTO DE TUDO

Há uma angústia primal, mãe ou madrasta da filosofia: Vivenciamos o mistério da vida, mas entendemos, amargamente, que ele não é para nós, e que apenas dele fazemos parte, apenas o bordejamos em nossa rápida apresentação ou passagem. Somos personagens numa hipernarrativa. Por isso o desejo expresso por muitas crenças, bem como pelo cristianismo, de nos reunirmos um dia ao Criador da narrativa.

A Bíblia diz, em 1 Coríntios 13, que “hoje vemos [a Deus e a todas as coisas] num espelho, como por enigmas; mas então [quando a Ele nos reunirmos] veremos [a Deus e a todas as coisas] face a face; hoje conheço em parte [a Deus e a todas as coisas], mas então [quando da re-união] conhecerei como sou conhecido [conhecido por Deus, aquele que teceu o palco e estabeleceu cada linha narrativa]. A teologia não costuma falar sobre isso, mas a Bíblia afirma que teremos o conhecimento total. Como seres sencientes, de vidas e sociedades construídas sobre o saber, essa é a maior promessa a nós dispensada, depois da salvação-para-a-eternidade de nossas almas.

Manquejamos como míopes, feridos que fomos e somos em nossa própria liberdade; mas, mesmo trôpegos, amparados no personagem central da hipernarrativa, Cristo Jesus, rumamos a um destino glorioso, onde todos os porquês se tornarão amém.

Esse mesmo 1 Coríntios 13, nada mais nada menos que o mais belo de todos os capítulos bíblicos, arremata com as chaves-mestras para que cumpramos nosso trecho da narrativa, e saibamos – aqui e agora – qual o seu tema inicial e final, seu leit motiv, a razão axial que sustenta todo o edifício de tudo: O amor.

“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o amor.”

Sammis Reachers


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