terça-feira, 3 de novembro de 2015

SALMO CENTO E VINTE E SETE

É inútil levantar cedo, desviar

O curso desta morte lúcida
Que é o sono, inútil será contar estrelas
Até que amanheça, ir ao berço dos filhos
Ver se respiram, fazer mais filhos
Para serem frechas na aljava do valente

Se o Senhor não guardar o pão do bolor
O  pão ganho com desalento
Se não guardar da casa a trave-mestra
Nem vigiar nos olhos da sentinela
Tudo será vão como a areia
Que não resiste ao vento


12-09-2015
©  João Tomaz Parreira

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