Morreu
esta tarde, por três dias,
às
três num monte à beira da cidade.
Inclinou
o seu espírito às últimas palavras
que
seus lábios entregaram aos ouvidos
dos
homens e de Deus, da mãe
não
chegariam as mãos para o tirar da cruz.
Do
lençol de linho de José de Arimateia
-só
é certo que lhe deu o sepulcro- não se sabe,
qualquer
teologia que diga que ao morrer
às
três da tarde, por três dias, tinha nos lábios
um
sorriso, sabemos pelas feridas da morte
que
não é verdade, ninguém
morre
pelo ódio do seu povo e sorri.
Morreu
com o tempo marcado, o relógio
do
sol marcaria na porta do sepulcro
a
manhã de sábado, depois outra manhã
viria
limpar
da noite as sombras, para que o branco
Corpo
intocável mais brilhasse.
14-12-2014
© J.T.Parreira
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