André Filipe, Aefe!
Quem tem medo que as redes sociais estraguem as “mentes de nossas crianças” está com medo atrasado. As redes sociais não são apenas um perpetuador da cultura, mas antes são a interface dela, seu espelho mais verdadeiro. Pensando nisso, estava observando o funcionamento do twitter, microblog com número máximo de caracteres de postagem, em que você pode ser seguido e se tornar um seguidor de outro twitteiro.
Há de tudo no twitter, humoristas, jornalistas, amigos, celebridades, pastores, empresários, empresas etc. Quando você segue alguém, as postagens dele aparecem em uma “timeline”. A organização desta timeline segue a cronologia, conforme aqueles que você segue vão postando, sendo empilhados um em cima do outro. Deste modo, ao passar os olhos por mina timeline, algo extraordinário acontece: num instante sem intervalo, leio um versículo sobre a Glória de Deus numa postagem, e na seguinte, posso ler um humorista que soltou uma piada imoral, e na seguinte, leio a respeito da tragédia da semana passada e assim por diante. Em questão de segundos, minha mente passeou numa elasticidade extraordinária por diferentes convicções e sentimentos, apreendemos maneiras de enxergar o mundo sem qualquer exame crítico, sem nos causar qualquer torção cerebral ou crise identitária: tal a fragmentação, não da timeline, mas da nossa mente.
Podemos argumentar que isso é coisa de gente jovem, que mexe em internet. Vejamos: há algum tempo, participava de um programa de distribuição de alimentos e evangelização no centro de São Paulo. Certa vez, paramos diante de uma família e fui conversar com uma senhora. Antes que eu falasse qualquer coisa, ela perguntou:
- Vocês são evangélicos, católicos ou espíritas?
Respondi que era evangélico. É sabido que naquela região muitos grupos, entre católicos, evangélicos e espíritas, faziam programa semelhante. Então entendi, quando ela reagiu à minha resposta:
- Aleluia, amém!
Fosse católico, ou espírita, ela reagiria segundo o jargão de cada um. Sua mente adquiriu uma elasticidade e fragmentação que ela escolhia de maneira muito rápida o seu “avatar” para aquela situação.
Não será assim em nosso dia-a-dia? Não nos adaptamos com facilidade à moral, à verdade e ao discurso próprio dos diversos ambientes que convivemos e, muitas vezes, conflitantes com o que cremos a respeito da boa e santa vontade de Deus? Não estaríamos nós espetando tendinhas à beira da praia, quando uma onda leva uma, tem as outras tendinhas, e logo se constrói mais, conforme nossa necessidade e vontade?
O Senhor nos chama para uma vida diferente. Para fazermos morada na Rocha Eterna, confessarmos e seguirmos Jesus Cristo, conhecendo-o através da sua Palavra, que traz integridade à nossa vida e interage transformando cada área dela. O Senhor nos convida para vivermos fundamentados coerentemente de acordo com o que acreditamos, e que este fundamento seja proveniente de uma única fonte, e não transitiva e versátil, por mais monstruoso que isso possa parecer nestes dias atuais, e que possamos interagir de maneira crítica com o que lemos e vemos, colocando-os contra a Luz da Verdade.
Quem tem medo que as redes sociais estraguem as “mentes de nossas crianças” está com medo atrasado. As redes sociais não são apenas um perpetuador da cultura, mas antes são a interface dela, seu espelho mais verdadeiro. Pensando nisso, estava observando o funcionamento do twitter, microblog com número máximo de caracteres de postagem, em que você pode ser seguido e se tornar um seguidor de outro twitteiro.
Há de tudo no twitter, humoristas, jornalistas, amigos, celebridades, pastores, empresários, empresas etc. Quando você segue alguém, as postagens dele aparecem em uma “timeline”. A organização desta timeline segue a cronologia, conforme aqueles que você segue vão postando, sendo empilhados um em cima do outro. Deste modo, ao passar os olhos por mina timeline, algo extraordinário acontece: num instante sem intervalo, leio um versículo sobre a Glória de Deus numa postagem, e na seguinte, posso ler um humorista que soltou uma piada imoral, e na seguinte, leio a respeito da tragédia da semana passada e assim por diante. Em questão de segundos, minha mente passeou numa elasticidade extraordinária por diferentes convicções e sentimentos, apreendemos maneiras de enxergar o mundo sem qualquer exame crítico, sem nos causar qualquer torção cerebral ou crise identitária: tal a fragmentação, não da timeline, mas da nossa mente.
Podemos argumentar que isso é coisa de gente jovem, que mexe em internet. Vejamos: há algum tempo, participava de um programa de distribuição de alimentos e evangelização no centro de São Paulo. Certa vez, paramos diante de uma família e fui conversar com uma senhora. Antes que eu falasse qualquer coisa, ela perguntou:
- Vocês são evangélicos, católicos ou espíritas?
Respondi que era evangélico. É sabido que naquela região muitos grupos, entre católicos, evangélicos e espíritas, faziam programa semelhante. Então entendi, quando ela reagiu à minha resposta:
- Aleluia, amém!
Fosse católico, ou espírita, ela reagiria segundo o jargão de cada um. Sua mente adquiriu uma elasticidade e fragmentação que ela escolhia de maneira muito rápida o seu “avatar” para aquela situação.
Não será assim em nosso dia-a-dia? Não nos adaptamos com facilidade à moral, à verdade e ao discurso próprio dos diversos ambientes que convivemos e, muitas vezes, conflitantes com o que cremos a respeito da boa e santa vontade de Deus? Não estaríamos nós espetando tendinhas à beira da praia, quando uma onda leva uma, tem as outras tendinhas, e logo se constrói mais, conforme nossa necessidade e vontade?
O Senhor nos chama para uma vida diferente. Para fazermos morada na Rocha Eterna, confessarmos e seguirmos Jesus Cristo, conhecendo-o através da sua Palavra, que traz integridade à nossa vida e interage transformando cada área dela. O Senhor nos convida para vivermos fundamentados coerentemente de acordo com o que acreditamos, e que este fundamento seja proveniente de uma única fonte, e não transitiva e versátil, por mais monstruoso que isso possa parecer nestes dias atuais, e que possamos interagir de maneira crítica com o que lemos e vemos, colocando-os contra a Luz da Verdade.
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