terça-feira, 26 de abril de 2011

No Dia da Sua Morte



Hoje os cordeiros sentiram calafrios
no leite materno, beberam
os trigos o orvalho do chão
inclinando as espigas
hoje o sol abrandou
o seu ímpeto de fogo
e cedeu
a angústia pesada das pedras
dos sepulcros
hoje neste dia desigual
todas as mães sentiram
estremecer o útero
porque na cruz
uns olhos bordados de doçura
sucumbiam.

25/4/2011
 
Poema Inédito de J.T.Parreira

Um comentário:

ADRIANA LAGOA disse...

verdaderamente haces sentir con versos que la tierra se detuvo. El momento más amargo y sobrecogedor de la humanidad.