“Tendo chegado às imediações do acampamento os leprosos entraram  numa das tendas. Comeram e beberam; pegaram prata, ouro e roupas e  saíram para esconder tudo. Depois voltaram e entraram noutra tenda,  pegaram o que quiseram e esconderam isso também”. 2aRs.7.8.
André Filipe, Aefe!
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A Síria, comandada por Ben Hadade, cerca Samaria, capital de Israel. O  cerco era algo como um embargo econômico, que impedia qualquer israelita  de sair de Samaria. Daí que a provisão de alimentos acabava e forçava a  rendição, sem batalha. O cerco da Síria durou tanto que chegou ao ponto  de uma mãe devorar de fome o próprio filho (2aRs.6.28-29)! A situação  era caótica e desesperadora por trás dos muros de Samaria.
Quatro leprosos, sem opção favorável, resolveram aposta na rendição, e  saíram de Samaria para se entregar ao exército de Ben Hadade. Os  leprosos, assim, por toda a vida haviam sido marginalizados, mas agora  são testemunhas de um grande milagre: o exército inimigo fugira sem  qualquer ameaça de Israel, mas pelo temor do Senhor, que mandara seu  exército celestial. O exército Sírio fugiu, deixando para trás alimentos  e objetos preciosos: foi a festa para os leprosos, que se fartaram até o  fim da tarde, esbaldando-se em alimento e saqueando o tesouro inimigo.
Observemos: não havia mais inimigo, pois o Senhor os havia derrotado,  mas o povo não sabia, e por isso, sofriam a tragédia da fome e do  desespero. Sofriam por um inimigo já vencido, enquanto os leprosos  esbanjavam-se com os seus despojos.
Quantas vezes não ficamos na mesma situação dos leprosos: sabemos que  Cristo já venceu a morte, nos livrou do pecado e ficamos a se esbanjar,  saqueando os inimigos enquanto há tantos eleitos de Deus que estão como o  povo em Samaria, sofrendo por um inimigo já vencido. Vivemos uma vida  sem nos preocuparmos com a Samaria caótica, que necessita de uma única  boa notícia, e nos esquecemos que antes éramos leprosos devorados pelo  pecado.
Que o nosso coração nos acuse, dia-a-dia, tal qual o de um dos leprosos:  “Não estamos agindo certo. Este é um dia de boas notícias, e não  podemos ficar calados. Se esperarmos até o amanhecer, seremos  castigados” (7.9).
Sugestão de oração: “Senhor, que eu não fique em festa,  me esbanjando com os despojos inimigos, mas que minha boca e meu  coração estejam prontos para testemunhar da boa notícia da Salvação em  Jesus Cristo.  Amém”.
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