domingo, 26 de dezembro de 2010

E o Natal vai ficando mais decadente...

Não, não é uma crítica localizada, é um sentimento que se espalha e, consolidado que está, assusta. Pode ser apenas a repercussão do culto show. Onde não houver um presépio no púlpito encenando o nascimento do Filho de Deus ou uma orquestra tocando sinfonias natalinas... Mas o que há de ser? Igrejas ornamentadas com guirlandas? Com paredes piscantes e o bom velhinho na parede? Ou foi apenas a marcação da Ceia justo para o horário do culto? Não, foi um amigo secreto na mesma hora. O culto de Natal foi esvaziado pelos membros! Alguns dos presentes estão com tanta expectativa sobre as programações vindouras que não conseguem cultuar.

Longe de mim que a fraternidade eclesiástica esteja em colapso, dei minha cota pessoal e familiar. É que há agora um modo peculiar de comemorar, contanto que seja fora da igreja! Os que não puderam comprar uma roupa nova, se vestem de empáfia:
- Já que não pude comprar roupa nova, também não vou à igreja passar vergonha.
Desde quando ir à igreja é passar vergonha? Desde que criaram a ideia subliminar de que é preciso uma roupa nova para agradar ao menino Deus? Que confusão absurda! É só um disfarce, a roupa é para agradar aos homens!

Os que podem marcam a Ceia para o horário do culto. Mas não dá para fazer depois das 09:00h? Dá, até dá, mas sabe como é, fica cansativo. Como assim, cansa ir ao culto? Não, cansa ficar sentado num banco duro. As cadeiras das mesas são mais confortáveis. E o conforto da presença de Cristo? Ah! Isso é irrelevante diante do peru e do chester! Sabe, em algumas ceias os evangélicos já não se contentam com refrigerante, já que lançaram Sidra sem álcool... por que não uma cervejinha?

Desculpas esfarrapadas, vazios sensíveis ao olho humano. Os que não são evangélicos já haviam inventado o Natal sem Jesus. Consumismo, passeios, raves, alcoolismo, pegação, prostituição, virou moda fazer aquela festinha na data. A música, sofrível: brega, brega-chique, forró. Os sentimentos? Os menos fraternos e cristãos possíveis. Enfim, nada a ver com a celebração monumental. Justo a igreja, que deveria fazer a diferença, omite-se. O que fizeram com teu Natal, Jesus? Vamos ter que contratar um Papai Noel para alegrar a festa e atrair pessoas?

Vamos aguardar que ainda tem o Ano Novo. Aí, sem presépio e sem guirlanda, nem Jesus importa... Aonde vamos chegar?

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