Hoje é o Dia Internacional da Poesia, mesmo sem ser poeta, gosto de aqui e ali mexer com as palavras. Aproveitando o tema do Aniversário do Círculo de Oração, em Rute 2:12, eis um breve poema abaixo:
Numa estrada poeirenta de Moabe
Três mulheres choram descontroladas
Pranteiam triste sina sem que acabe
Abatidas se entreolham desoladas
É que haviam perdido seus maridos
Por desventura da vontade soberana
Após lutas e tristes anos idos
Restara apenas aquela dor lhana
A velha sogra argumenta prestativa
São jovens, casem novamente
Vão embora, vivam uma alegre vida
Criem filhos, que lhês dê semente
Se aprouve a providência a desventura
De que adianta me seguirem em tristeza
Deixem-me a sós, com minha loucura
Deixá-las seguir-me seria malvadeza
Uma delas lança-se a seu pescoço
Em despedida tristemente angustiada
Agradece a acolhida, lamenta o fosso
Se volta resoluta para a estrada
A outra mira-lhe a face marejada
E lhe diz suave e firmemente
Dá-me tua mão honrada e calejada
Segue a outra direção vai em frente
A estrada que o destino nos reserva
Está debaixo da direção de Deus
Te seguirei aonde quer que vá
Quantos quer que sejam os anos teus
Não filha tens outros deuses
Não faças tal loucura
Seria um suicídio dolorido
Por me seguir tua alma tortura
Somente a morte nos separa, retrucou
Nem que mudes teu nome em Mara
Não te deixarei, nada entre nós mudou
Teu Deus é o que também me ampara
E ambas seguiram o caminho
Até que as lágrimas cessaram
Abria-se um mundo em folha novinho
As desventuras de outrora acabaram
Deus é o Deus de Rute, a moabita esguia
Do nada faz tudo, até surgir um novo dia
Que na tristeza uma nova saída cria
E tudo faz na sua imensa sabedoria
Nem que passem os anos e esperança se vá
Para mudar o destino de quem NEle confia
Ele restaura planos, faz o vento soprar
Para nos dar vitória trabalha noite e dia
Publicado em Reflexões Sobre Quase Tudo! Proibida a reprodução sem autorização do autor: Daladier Lima dos Santos.
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