
Como as crianças que olham os dragões
os meus olhos ainda se espantam
quando as nuvens passam
num retrato de família
as cores umas às outras
e são algodão
doce e carrosséis
como as crianças que olham
para os dragões, ainda me surpreendo
com nenúfares que põem a mesa
nos rios
Como as crianças que olham
os dragões, os meus olhos
prendem-se aos gestos
das netas e dos netos, e o tenso coração
é uma sombra do que foi
até isso me admira
por causa das Tuas maravilhas.
J.T.Parreira
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