sábado, 27 de junho de 2009

Arquipélagos flutuantes


Poema de João Tomaz Parreira

Viajam com as cabeças de fora
cortam a espuma
do vento nas ondas

cortam o rosto com sal
viajam com o corpo
uns dos outros

vão no arquipélago
gulag
do mar

vêm
em direcção a ti
terra

vêm
como
ninguém

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