quarta-feira, 4 de junho de 2008

Amor Eros entre Mártires


Timóteo, diácono de Mauritânia, e sua mulher Maura, mal haviam completado três semanas de união matrimonial, quando se viram separados pela perseguição. Timóteo, preso por ser cristão, foi levado perante Arriano, governadores de Tebas, que sabedor de que ele estava de posse da Sagrada Escritura, exigiu que a entregasse para ser queimada. Ao que Timóteo respondeu: “Se eu tivesse filhos, preferiria antes entrega-los ao sacrifício, que me separar da Palavra de Deus”. O governador, grandemente irado com esta contestação, ordenou que lhe arrancassem os olhos com um ferro em brasa, dizendo: “Pelo menos os livros não terão mais utilidade para você, pois não será capaz de lê-los”.

A paciência de Timóteo diante desta ação foi tão grande, que o governador exasperou-se ainda mais. A fim de quebrantar sua fortaleza, ordenou que o pendurassem pelos pés, com um peso ao pescoço, e uma mordaça na boca. Ao contempla-lo neste estado, Maura pediu-lhe ternamente que se retratasse, por causa dela; porém ele, ao retirarem a mordaça da boca, em lugar de atender aos pedidos da esposa, censurou-a intensamente por seu desviado amor, e declarou sua resulução de morrer pela fé. A conseqüência disso fez com que Maura decidisse imitar sua coragem e fidelidade, e segui-lo para a glória. O governador, após tentar em vão fazê-la mudar de idéia, ordenou que fosse torturada, o que se cumpriu com grande severidade. Depois disso, Timóteo e Maura foram crucificados lado a lado, em 304 d.C.


Fonte: O livro dos Mártires/ John Fox/ Editora CPAD/ pág. 33.

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