domingo, 10 de fevereiro de 2008

O ministério feminino é bíblico?

Domingo, Fevereiro 03, 2008
O ministério feminino é bíblico?
Créditos: www.imelpinhal.com.br/mulheres.asp

Uma grande questão ocupa as mentes evangélicas brasileiras neste momento: A mulher deve ocupar cargos no ministério evangélico ou não? De um lado, os conservadores acham que a igreja evangélica não possui tradição no assunto. Os missionários desbravaram os rincões de nosso país e há poucos registros nas igrejas históricas de mulheres no ministério . Alegam que é uma mudança desnecessária, e alguns, mais extremados, cheiram uma mudança dos paradigmas mais caros nesta sugestão. Estes chegam a afirmar que a Bíblia não possui qualquer exemplo de mulher exercendo um ministério, mas como veremos adiante isto não é verdade.

Os liberais acham que, num mundo igualitário como a ética e o pós-modernismo pregam, é urgente abrir o espaço para as mulheres no ministério. Aqui buscamos uma posição equilibrada, baseada na Palavra de Deus, não estamos interessados em defender uma ou outra tendência. Para mim não se trata de ser progressista ou conservador, vez que a Bíblia estabelece os parâmetros neste assunto, de maneira tal clara e evidente que não nos deixa dúvidas.

A Bíblia é muito rica em exemplos de mulheres na liderança. Estas citações se tornam mais importantes, quando observamos o ambiente machista reinante na Judéia. Atribue-se aos rabinos a seguinte oração: Graças te dou ó Pai, porque não nasci gentio, escravo ou mulher. Não me é possível comprovar a origem, nem mesmo a autenticidade desta citação. Seja como for, a história é rica em exemplos desta natureza. William Barclay nos informa que quando nascia um menino em Jerusalém, havia festa, quando menina, havia tristeza*.

Eu gostaria de citar dois exemplos emblemáticos, um do Novo e outro do Velho Testamento. No livro de Juízes, capítulos 4 e 5, há a história de Débora, uma mulher que exerceu o maior cargo da história judaica na época: o de juíza. Não só estabelecia o código legislativo do momento, como levava Israel á guerra e profetizava. Em todos aspectos seu ministério se assemelhava ao de Samuel. Há um outro detalhe importante, ela era casada com Lapidote. No entanto, não havia nenhuma influência deste sobre sua atuação ministerial. Num país machista e retalhado por dificuldades, uma mulher exercia livremente a liderança espiritual, ministerial, profética, legislativa, bélica e executiva.

No Novo Testamento, no capitulo 16 de Romanos, Paulo cita nominalmente diversas pessoas que o ajudaram no ministério, entre as quais diversas mulheres. Há duas citações de interesse para nossa análise. A primeira é a Febe. Em Romanos 16:1, Paulo diz que Febe era uma diákovon tês ekklêssías, diácono da igreja. Isto mesmo leitor, uma diaconisa! No versículo 6, ele fala do trabalho de outra mulher chamada Maria. E mais adiante, no versículo 12, ele diz: Saudai a Trifena e a Trifosa, as quais trabalham no Senhor. A palavra trabalho aqui é uma tradução do original grego, kopiôssas, o aoristo de kopiáô, trabalho duro. É a mesma palavra utilizada para o ministério terreno de Jesus, quando ele estava cansado em João 4:6, para a pesca em Lucas 5:5, para o ministério do próprio Paulo em I Coríntios 4:12 e 15:10. Em Coríntios 16:16, a conotação da palavra se refere aos obreiros que fazem a obra ministerial trabalhando duramente. A mesma conotação envolve as citações em Gl 4:11, Ef 4:28, Fp 2:16, Cl 1:29, I Ts 5:12, I Tm 4:10, 5:17, II Tm 2:6 e Ap 2:3.

Note um detalhe interessante: todas citações do trabalho feminino se referem ao trabalho ministerial, nunca ao trabalho doméstico como, por exemplo, quando a sogra de Pedro serviu Jesus após ser curada. Eu desafio a qualquer pessoa em bom senso contradizer as citações acima. Por outro lado, a EBD não abre mão de suas professoras que irão formar futuros pastores, obreiros e ministros. Livros de autoria feminina sobre aconselhamento e doutrina são vendidos pela CPAD, numa clara subversão da interpretação radical de I Tm 2:12. Enfim, diversos postos chave que os radicais "deveriam" ocupar com homens, são preenchidos por mulheres.

Por que, então, algumas igrejas evangélicas não ordenam mulheres? Penso não haver nenhuma explicação a não ser machismo ou comodismo. Não estamos pregando uma ruptura imediata com este costume, pois toda quebra abrupta de um paradigma traz prejuízos. O que defendemos é o abandono da justificação infundada de que na Bíblia não há citações ao trabalho ministerial feminino. O que de prático se poderia fazer é, gradualmente, abrir o ministério para as mulheres, e isto deveria começar já. De fato, temos milhares de mulheres, neste Brasil afora, que exercem diversas posições ministeriais, mesmo que não nominalmente.

Há mulheres que lideram grandes grupos de oração, que em nada diferem do trabalho pastoral, inclusive, com a visita periódica aos enfermos. Há outras que zelam a igreja e recepcionam, e em nada diferem do trabalho diaconal. Outras que pregam e expõem muito bem a Palavra de Deus, verdadeiras prebísteras (se é que esta palavra existe!). Na prática, já existe a abolição desta escravatura mimetizada no machismo brasileiro.

Faríamos bem em promover a abertura ministerial, para estas verdadeiras mães do rebanho do Senhor, discriminadas e surrupiadas no seu direito de exercer os dons que o Senhor deixou á sua igreja, e não apenas a nós, os homens! Lembrando, mais uma vez, que na prática elas já exercem seu ministério entre nós, mesmo sem o devido reconhecimento. Lembro de minha mãe, que por onde passou dirigindo Círculos de Oração, foi um pastor, presbítero e diácono para suas componentes. Suprindo suas necessidades doutrinárias (onde o pastor, não raro, falhava!), suas necessidades de aconselhamento, orando e até mesmo ajudando com víveres às mais necessitadas.Nada mais errado do que imaginar que o ministério feminino não é bíblico!

* Comentario al Nuevo Testamento, Volumen 4, Lucas – Editorial Clie

2 comentários:

Mona Vie disse...

BOAS VINDAS
Prezados Amigos,
É com profunda gratidão que lhes dou as boas-vindas à MonaVie para integrar nossa família em BOAS VINDAS
crescimento no Brasil! Desde o inicio da MonaVie, em 2005, tenho esperado pelo dia em que poderíamos trazer, a vocês, maravilhosos cidadãos brasileiros, este produto e esta oportunidade incríveis. Para mim, é como se fosse uma volta para casa. Nossas origens se encontram profundamente enraizadas em seu imenso país, e eu me sinto pessoalmente comprometido com o seu sucesso.
Quando lançamos o MonaVie nos Estados Unidos, milhares de pessoas começaram a se envolver durante a fase de pré-lançamento, porque elas percebiam uma oportunidade única daquela que, certamente, seria uma empresa grande e bem sucedida. Eu os incentivo a aproveitar a vantagem da oportunidade de pré-lançamento e começar a construir a sua organização hoje mesmo.
Mais uma vez, bem-vindos à MonaVie! Espero encontrá-los brevemente.
Calorosas saudações
Dallin A. Larsen
Fundador e Presidente

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Orlando Perez disse...

Caro amigo, é muito necessário para nós que você remover o comentário sobre Mona Vie que é neste blog, por favor, se você tiver alguma dúvida sobre caiu e-mail gratuito para mim, muito obrigado por nos ajudar nesta

Atenciosamente
Ileana & Orlando
operez1974@gmail.com