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João Cruzué
A maior bênção que Deus nos deu é o nosso corpo, depois nosso espírito e a provisão para salvação. No capítulo seis da I Carta aos Coríntios, Paulo ensina que nosso corpo é para habitação do Espírito Santo. Quero conversar com você nesta manhã sobre a importância de manter esta "máquina" maravilhosa em boa saúde para evitar tantos males que vão encurtar nossa vida, e com isso, abortar os propósitos que Deus planejou para nossa existência.
Por que tanta gente vem fazendo uso (cada vez mais cedo) de medicamentos de uso controlado, que por sua vez levam à necessidade de usar ainda outros cujos efeitos antagônicos/sinérgicos em cada organismo são desconhecidos? Você já notou a quantidade de contraindicações descritas na bula desses remédios? Enfim, será que é inevitável os maiores males desta geração: a hipertensão, o diabetes e o câncer?
Eu tenho certeza não.
Fazemos parte de uma geração condicionada ao consumo. Induzida ao consumo. TV manuseada por controle remoto, carros confortáveis, remédios "milagrosos", pizzas dos melhores sabores e uma geladeira (e até freezer) para prover os mais apetitosos alimentos - bem à mão.
De outro lado, nosso tempo é sempre pouco, ou na verdade, pouco planejado.
Ou aprendemos a planejar nosso tempo e nossa saúde, ou vamos desperdiçar (ou encurtar) nossa vida em um terço ou pela metade, com isso, vamos limitar e abortar o que Deus planejou para nós nos dias que teremos maior conhecimento, maior experiência.
Vou deixar três sugestões.
1. Atenção com o óleo de cozinha.
Na medida correta ele é benéfico. E qual é a medida certa? Conheço um caso particular com um desfecho ruim. Certa conhecida foi internada às pressas com sintoma de diabetes. Exames revelaram que sua taxa de glicose estava próxima - pasmem! - de 900. Tendo feito anamnese, o médico descobriu que ela usava 18 litros de óleo de cozinha na comida por mês.
Ele observou que bastava apenas um litro. O médico pediu autorização a paciente para registrar o caso dela nos anais médicos: a única pessoa que ele conhecera com 900 mg/dL e ainda estava viva. Eu não entendo muito disso, apenas que essa senhora era fiel ao Senhor e muito disciplinada em suas orações.
Os "amantes" do óleo de cozinha, das gorduras suculentas dos churrascos, os clientes da indústria do fast food estão trazendo um custo social enorme para a Sociedade. O assunto do momento no Congresso Nacional é a Emenda 29. A busca de mais fontes de recursos para cobrir um grande buraco que uma multidão de doentes insiste em cavar; o tamanho dele é de 40 bilhões de Reais. Dinheiro que seria muito bem vindo, na Educação por exemplo.
2. Sal de cozinha - inimigo nº 1 da saúde
O mau uso do sal de cozinha - por causa do Sódio - é de longe a maior causa de hipertensão de milhões de brasileiros. Assunto rebatido, mas nunca enfrentado. A quantidade de remédio de "pressão" que é vendida nas farmácias deve bater na casa de bilhões a cada ano.
O condicionamento cultural que leva uma pessoa a apreciar sal em excesso, pode ser o mesmo que pode levar à apreciação uma comida com MENOS sal. Isto se chama REEDUCAÇÃO. Os benefícios vão muito além do bolso.
A dependência de anti-hipertensivos leva ao uso de outros remédios. Para que? para tratar dos efeitos colaterais. Aquela velha história de trazer rato para cara para cuidar das baratas. Depois um gato para expulsar o rato, um cachorro para expulsar o gato, até que o dono foi engolido por um leão.
No dia que você vai ao restaurante de vê uma pessoa jovem despejar a metade do conteúdo de um saleiro sobre a salada, você para e pensa: O sal é tão imprescindível assim? É dessa forma que o propósito de Deus começa a ser abortado na vida de uma pessoa, que não usa o bom senso para cuidar bem do seu corpo.
3. Caminhadas
É do poeta romano Juvenal (Decimus Iunius Iuvenali) a frase "Orandum est ut sit mens sana in corpore sano", que hoje tem esta interpretação: somente um corpo são pode produzir ou manter uma mente saudável, em plena forma.
A caminhada é um exercício moderado que pode ser praticado por crianças e velhos. A humanidade atravessou milênios caminhando. Cristo e os discípulos subiam às festas em Jerusalém caminhando. E voltavam também caminhando. Não havia trens, metrôs, bicicletas, nem automóveis naquela época. Também não havia freezers, geladeiras nem MacDonads.
Metrópoles, como São Paulo, enfrentam de uns 40 anos para cá o pior trânsito que já se viu. "Nunca na história deste país" se viu tanto carro no meio da rua. Oito em cada dez transportam apenas o próprio motorista. É mais estresse, mais monóxido de Carbono, mais desperdício de combustível, perda de tempo, menos saúde e menos anos de vida.
É preciso planejar para a vida.
No primeiro ano de trabalho no Centro, eu descia no ponto final do ônibus. De lá caminhava para o trabalho na Praça da Sé. Como o trabalho exige muito da minha mente, decidi voltar aos exercícios. A estação do Inverno e da Primavera são excelentes para implementar uma mudança de hábito. "Algumas coisas nunca mudam. Outras custam a mudar, mas quando mudam, mudam para melhor." Então eu iniciei uma mudança
Criei coragem; comecei a descer um ponto antes do final. Dois quilômetros e 24 minutos. Como gosto (muito) de Fórmula 1, fui aceitando desafios: Passei a descer na saída do Túnel da Nove de Julho. São três quilômetros até a Praça da Sé. Meus colegas e eu achávamos um absurdo - era muita distância.
Depois dos três quilômetros, percebi que poderia tentar algo mais distante. Fiz uma loucura e desci na Avenida Faria Lima. São sete quilômetros até à Praça da Sé.
De São Paulo, desci até o município de Barra do Turvo, na divisa com o Paraná, a caminho de Curitiba. Todos da família tinha ido até a "cachu", um córrego que desce 70 m de altura, a oito quilômetros do Centro daquela cidade. Com mais oito da volta, são 16. Fiz o percurso por duas vezes.
De Barra do Turvo fui até a cidade onde me criei: Dom Cavati. Desta cidade até Iapu são 18 quilômetros. Caminhei o percurso em 2:35 minutos.
Em Belo Horizonte tem o famoso "Parque Estadual da Serra do Rola Moça", onde passa o trem sobre uma ponte puxando mais de um quilômetro de vagões vazios. São quatro quilômetros de uma serra de tirar o fôlego a começar pelo Pongelupe e terminar na Precon - antiga Sical.
Desde o inverno do ano passado, costumo descer na Ponte Cidade Jardim para caminhar os oito quilômetros que a separam da Praça da Sé. São 90 minutos de pura caminhada. Não inteiramente pela Av. Nove de Julho, com muitos carros e poluição, mas pela Professor Artur Ramos, Maestro Elias Lobo (com sabiás pela calçada), Alamedas Pamplona, Jahu, Casa Branca, MASP, FVG, Praça XIV Bis, etc. Com dias não tão frios, eu encurto o trajeto para quatro quilômetros, a começar pela Estação Consolação do Metrô, descendo pela Rua Frei Caneca, onde há uma feira nas manhas de quinta, com direito a pastel e caldo de cana.
Para enfrentar estes desafios, levanto uma hora mais cedo. O resto do dia não mais me estressa tanto, apesar de muito, muito mais trabalho. Também tomo cuidados especiais: um par de sapatos com amortecedores. E vou mudar. Pretendo deixar um par de sapatos no trabalho, e ir e vir do trabalho com tênis, para preservar minha coluna.
O rendimento no trabalho de uma pessoa que se exercita pela manhã é incomparavelmente melhor. Primeiro porque a caminhada faz o sangue irrigar melhor o cérebro. A perda de peso também é outra boa consequência, mas em ritmo mais lento isso não vai acontecer. Um outro benefício, além de evitar que você seja mais um consumidor compulsório dos remédios de hipertensão e diabetes é a melhora de sua capacidade de respirar, levando mais oxigênio para os pulmões, e daí para o cérebro.
Estou quase terminando.
Se você não começar a planejar seriamente a saúde do seu corpo, antes do previsto pode começar a gastar mais e comprometer seu orçamento pelo resto da vida. Remédios nunca são inofensivos. É muito "chato" passar a meia idade e chegar à velhice estereotipado: sabe aqueles papos (chatos) sobre doenças e remédios? Você pode não perceber, mas os mais jovens a sua volta, sim.
Uma boa coisa é planejar para a vida, todavia outra coisa muito melhor é implementar estes planos. Hoje eu falei sobre cinco coisas que podem melhorar a saúde do seu corpo: consumo do óleo de cozinha, redução da quantidade do sal de cozinha, Levantar mais cedo, evitar o uso do automóvel e descer antes do destino para caminhar.
Você precisa aprender ou reaprender a amar si próprio. Estabelecer planos, mudar velhos hábitos - ir além dos planos. Fazendo isto, você estará zelando para ter saúde e chegar bem longe em idade. Objetivo disso é manter-se vivo para cumprir todos os propósitos que Deus estabeleceu para você.