quarta-feira, 22 de maio de 2013

"Não finjam apenas amar aos outros: amem realmente"



"Não finjam apenas amar aos outros: amem realmente.
Odeiem tudo aquilo que está errado.
Coloquem-se ao lado do bem.
Amem-se uns aos outros com afeição fraternal e tenham prazer em honrar uns aos outros.
Não sejam nunca preguiçosos no trabalho, porém sirvam fervorosamente ao Senhor.
Fiquem alegres com tudo quanto Deus está planejando para vocês. Sejam pacientes na dificuldade e sempre perseverantes na oração.
Quando os filhos de Deus estiverem em necessidade, sejam vocês os primeiros a ajudá-los. E criem o hábito de convidar hóspedes para jantar em suas casas; ou, se precisarem passar a noite, deem-lhes pousada.
Se alguém o maltratar porque você é um cristão, não o destrate; ore, sim, para que Deus o abençoe.
Quando outros estiverem alegres, alegrem-se com eles. Se estiverem tristes, participem de sua tristeza.
Trabalhem juntos com alegria.
Não busquem mostrar grandeza. Não procurem cair nas boas graças de gente importante, mas tenham prazer na companhia de gente comum. E não pensem que vocês sabem tudo!
Nunca paguem o mal com o mal. Façam as coisas de maneira tal que todos possam ver que vocês são absolutamente honestos.
Não contendam com ninguém. Tanto quanto possível, vivam em paz com todos.
Queridos amigos, nunca se vinguem. Entreguem tudo a Deus, pois Ele disse que retribuirá àqueles que o merecem.
( Não façam justiça com as próprias mãos ).
Ao invés disso, deem de comer a um inimigo se ele estiver com fome.
Se estiver com sede, deem-lhe alguma coisa para beber e assim vocês estarão "amontoando brasas vivas sobre a cabeça dele".
Em outras palavras, ele se sentirá envergonhado de si mesmo por aquilo que tiver feito a vocês.
Não deixem que o mal prevaleça, mas triunfem sobre o mal, praticando o bem." 
Parte da carta aos cristãos da cidade de Roma, que o Apóstolo Paulo escreveu (12.9-21)

COMENTÁRIO:

A maioria aprendemos a fingir que amamos a outros.
Sabemos como falar com bondade, evitando ferir sentimentos e aparentando interesse nos outros.
Podemos até fingir que nos enchemos de compaixão quando ouvimos das necessidades de outros ou de indignação quando nos inteiramos de alguma injustiça.
Mas Deus nos chama a sentir o verdadeiro amor que vai além das emoções e conduta superficiais.
O amor sincero requer concentração e esforço.
Inclui fazer algo para que outros sejam melhores.
Demanda tempo, dinheiro e participação pessoal.
Nenhuma pessoa tem os recursos necessários para amar a toda uma comunidade; mas uma igreja, o corpo de Cristo em sua cidade, pode-o fazer.
Pense em pessoas que necessitam seu amor em ação e considere que meios você e outros membros de sua comunidade podem usar para unir-se e mostrar amor por outros no nome de Cristo.

Oferecer hospitalidade cristã não é o mesmo que receber visitas.
Quando se recebe visitas, o foco de atenção é a família anfitriã: o lar deve estar impecável, os mantimentos devem estar bem preparados e abundantes, os da casa devem parecer descansados e de bom humor.
A hospitalidade, em troca, concentra-se nos visitantes.
Suas necessidades têm prioridade: terá que lhes dar um lugar onde estar, mantimentos nutritivos, ouvido atento ou aceitação.
A hospitalidade pode ocorrer em um lar desordenado. Pode ocorrer ao redor de uma mesa em que o prato principal seja uma sopa.
Até pode ser que o anfitrião e os visitantes realizem tarefas em conjunto.
Não tema em oferecer hospitalidade porque está muito cansado, ocupado ou até pobre para atender adequadamente aos visitantes.

Se amarmos a alguém da mesma maneira que Cristo nos ama, estaremos dispostos a perdoar.
Este é o resumo da vida cristã.
Se tivermos experimentado a graça de Deus, desejaremos que outros também a desfrutem.
E lembre-se, a graça é um favor recebido sem que a mereçamos.
Quando damos de beber a um inimigo, não desculpamos seus enganos.
Reconhecemo-los, perdoamo-los e amamos à pessoa apesar de seus enganos, tal como Cristo o fez conosco.

Nestes dias de constantes pleitos e incessantes demanda em busca de direitos legais, o mandamento do Apóstolo Paulo soa quase impossível de se aceitar.
Quando alguma pessoa nos fere profundamente, em lugar de reagir como merece, Paulo diz que teremos que ser amistosos.

Por que nos diz Paulo que devemos perdoar a nossos inimigos?

1) O perdão pode romper um ciclo de represálias e guiar a uma mútua reconciliação.
2) Pode obter que o inimigo se envergonhe e troque de conduta.
3) Em contrapartida, devolver mal por mal nos fere tanto a nós como a nosso inimigo.

Embora seu inimigo nunca se arrependa, ao perdoá-lo você se sentirá livre do grande peso da amargura.
O perdão inclui tanto atitudes como ação.
Se considerar difícil que a pessoa que o feriu lhe peça perdão, procure responder com ações bondosas.
Se for apropriado, lhe diga que você ficaria muito feliz em que as suas relações fossem melhoradas.

Ofereça ajuda.
Envie um presente.
Sorria.
Muitas vezes descobrirá que estas boas ações levarão a sentimentos sinceros.

O que significa "brasas de fogo" sobre a cabeça de alguém?
Isto possivelmente se refira a uma tradição egípcia de levar um recipiente de carvão aceso sobre a cabeça em sinal de arrependimento público.
Em alusão a este provérbio, Paulo diz que deveríamos tratar a nossos inimigos com amabilidade para que se envergonhem e se voltem de seus pecados.
A melhor maneira de eliminar ao inimigo é convertê-los em amigos.

E isto é um mandamento para nós!

Márcio Melânia

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