Jesus encarnado é a quebra
da meta-alteridade de Deus, o infinitamente inapreensível tornado
infinitamente ao lado.
A um tempo Fonte e
Receptáculo de todos os tesouros da Ciência e da Sabedoria: enquanto
permanecermos reféns do pó, jamais entenderemos tudo o que Ele FUNDOU naquela
CRUZ. O mistério da encarnação, a sublimação máxima: um muro para o
entendimento, uma esperança instigante para os ainda agrilhoados ao pó, pela
revelação vindoura da glória imarcescível - e então PLENAMENTE compartilhada.
Sou um cristão e, deixados os eufemismos no capacho,
isso significa que não há um centímetro do corpo de Cristo que eu não tenha
apunhalado, e persista em perfurar novamente, num vai-e-vem tragicômico de
crimes e arrependimentos. Cada segundo de respiração minha é um absurdo, uma
explosão milagrosa, cataclísmica, de perdão e graça. Kierkegaard falava com
razão que a fé verdadeira exige um salto para o absurdo, e a loucura da cruz,
do Deus apunhalado, é esse absurdo.
Seria impossível
aproximarmo-nos satisfatoriamente de Deus se Ele não se tivesse feito homem. E
isso não pela ausência ou ineficiência de qualquer revelação, mas sim porque,
seres caídos (e isso significa: mui distanciados), ser-nos-ia impossível evitar
a desconfiança, seja da maior das graças, seja do maior dos deuses, tão
distanciadamente alto, que vê-lo é impossível, vê-lo é morrer. Mas, como
desconfiar do andrajoso Rabi, o melhor dos homens?
Seria impossível
aproximarmo-nos satisfatoriamente de Deus se Ele não se tivesse feito homem. E
isso não pela ausência ou ineficiência de qualquer revelação, mas sim porque,
seres caídos (e isso significa: mui distanciados), ser-nos-ia impossível evitar
a desconfiança, seja da maior das graças, seja do maior dos deuses, tão
distanciadamente alto, que vê-lo é impossível, vê-lo é morrer. Mas, como
desconfiar do andrajoso Rabi galileu?
A um tempo Fonte e
Receptáculo de todos os tesouros da Ciência e da Sabedoria: enquanto
permanecermos reféns do pó, jamais entenderemos tudo o que Ele FUNDOU naquela
CRUZ. O mistério da encarnação, a sublimação máxima: um muro para o
entendimento, uma esperança instigante para os ainda agrilhoados ao pó, pela
revelação vindoura da glória imarcescível - e então PLENAMENTE compartilhada.
Eu
não sei quem eu sou, mas Cristo, sei bem quem tu és. E sabendo quem és, em ti
encontro quem sou.
Às vezes pode ser
cansativo, algumas vezes até irritante, e vezes há que até mesmo, sim!, é
humilhante.
Mas nada se compara ao
suportado pelo CORDEIRO.
ELE é digno. No dia mau,
na crise, quando não puder suportar sequer a expressão do próximo, ou quando
não puder suportar sequer o seu próprio rosto no espelho, olhe nos imutáveis
olhos do Cordeiro. Apanhe força, arranque-a da Fonte.
Continue seu combate, seu
serviço, sua missão.
Somos deuses suicidados,
ressuscitados por Deus que por nossas mãos se suicidou.
“A palavra da cruz é
loucura para os que perecem”.
Deixar de compartilhar a
verdade com medo de magoar o ouvinte, é acabar magoando a verdade.
E a verdade não é uma relatividade
ou generalidade, mas uma singularidade, um ‘norte’ fundacional para todas as
coisas. Ao fim e ao cabo, a verdade é uma pessoa: Cristo, de onde toda verdade
emana.
Há rei que peça que você
mate; há Rei que peça que você morra. Inevitavelmente um desses dois vai
definir seu estar e seu porvir. O que lhe solicita que morra é na verdade
Senhor da Vida, e a dará a você, a Vida além do tempo, além do calculável. O
que ordena que você mate, ao fim e ao cabo nada pode, senão morrer contigo, e
arrastá-lo para compartilhar para sempre de seu castigo, o castigo dos
usurpadores. Pois só existe um Rei.
Em Cristo as genealogias
são pó, assim como é pó toda honra obtida ao largo da cruz.
Toda rota que não leva a
Cristo é rota de colisão.
Descobrir quem Ele é:
Eis tudo.
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Sammis Reachers
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