Aldair Santos
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Isán, é assim que é chamado o “ser humano” na língua árabe e cujo significado é “aquele que esquece”. É uma das melhores definições do gênero humano, pois, esquecer parece tão natural às pessoas quanto respirar, especialmente quando se trata das coisas espirituais. Com frequência, nos esquecemos das promessas de Ano Novo, de ligar para a casa da mamãe, de dar atenção aos nossos filhos ou cônjuges, do aniversário da esposa, do compromisso firmado verbalmente, da promessa de visita a um amigo, de regularizar a vida de oração, de ler mais a Bíblia, de se envolver mais com os projetos da igreja, de não gastar dinheiro com bobagens, de evangelizar colegas do trabalho, de passar uma mensagem a quem precisa e outros, muitos outros, “esquecimentos”.
Certo pastor contou-me um fato interessante sobre um missionário em campo. Esse missionário tinha um memorial em casa. O memorial era uma pequena prateleira onde ele colocava pequenos objetos simbólicos, os quais estavam ligados às experiências marcantes que viveu com Deus, um livramento, uma providência ou uma resposta de oração. Havia no memorial uma carta, um parafuso, uma miniatura da Bíblia, um carrinho de plástico, um pequeno relógio, um vidrinho de remédio vazio, um anelzinho, um bebezinho de porcelana, um cartão postal, várias fotos, e outras tranqueiras curiosas. Quem olhava o memorial tinha que perguntar que loucura era aquela. O missionário, então contava com detalhes as histórias de cada objeto simbólico, as quais demonstravam a fidelidade de Deus, aproveitando para edificar ou evangelizar o ouvinte. No final arrematava que, quando estava triste, com fé vacilante ou temeroso pelo futuro, ele vinha sentar-se em frente ao memorial. Olhando o que a Providência Divina já tinha feito, recebia o conforto do Deus provedor e fortalecia a fé, entre lágrimas de agradecimento. O missionário vivia o que seu colega profeta já dizia: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança”.
Conhecendo essa nossa Síndrome Congênita do Esquecimento do Divino, herança pecaminosa de Adão, a Bíblia recomenda: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios” pois, lembrar-se do que Deus já fez, conforta e fortalece a nossa caminhada presente. Isto porque, Deus é o mesmo, ontem e hoje.
Nosso maior desejo deve ser sermos conhecidos, não como Isán, aquele que esquece, mas como FIEL, aquele que se lembra de todos os mandamentos do Senhor e os guarda.
Certamente as experiências contidas no nosso memorial serão infindáveis. Tão só e unicamente pelo fato de que Deus é sempre fiel e jamais se esquece dos seus filhos!
Não se esqueça disso!
Textos bíblicos usados: Lamentações de Jeremias 3:21; Salmos 103.2; Salmo 119.11, 16, 52, 61, 93,176.
Um comentário:
Eu sempre quis colocar cartões feitos de cartolina, espalhados por toda a parede da sala, mas ficou só no querer. Mas ainda esse ano quero colocar em prática esse meu desejo.
Eu gostei bastante do que o missionário fazia. Ideia maravilhosa. Fé abençoada. Coração adequado. Se tem uma coisa que não podemos nunca esquecer é sempre agradecer a Deus por tudo que Ele tem feito.
O que darei ao Senhor por todos os benefícios que tem feito para comigo?
Parabéns pela postagem!
Jesus Cristo é o Senhor!
Graça e paz!
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