Wilma Rejane
Zadoque era sacerdote,
descendente de Arão. Viveu uma época remota, muito distante de nós,
tendo transportado algumas vezes a arca da aliança. Zadoque da
antiga aliança. Seu nome significa: justo, fiel, honesto. Eu nunca
tinha reparado nesse nome, até ler uma passagem Bíblica sobre ele,
no livro do profeta do Rio. Chamo “profeta do Rio” a Ezequiel,
ele inicia sua mensagem às margens do Quebar, entre cativos e
encerra suas profecias molhando-se nas torrentes de águas
purificadoras.
E eu cansada, ao fim de
um dia de trabalho, tentando não fechar os olhos e cair no sono sem
antes alimentar meu espírito, debrucei-me sobre minha Bíblia de
letras enormes e comecei a ler Ezequiel. Querendo beber do mesmo Rio
de Deus a fim de me tornar menos miserável quanto humana. Somente a
proximidade com o Senhor para nos fazer ir além do que somos, o que
mais a não ser Sua graça para nos despertar a cada dia, nos fazendo agir
como se tudo valesse a pena, de verdade?
E entre um rio e outro
encontro Zadoque. Ezequiel me apresenta essa pessoa que recebe
destaque entre muitos nomes citados. A leitura já estava ficando
enfadonha e não sei por que insisti em ler a repartição das terras
das tribos de Israel: “Limitando-se com Ruben estava Judá....Com
Judá, estava o santuário no meio dela, tanto de comprimento, tanto
de largura...”. Me digam se essa narrativa não era para fazer
dormir de vez, ali mesmo, por cima das páginas?
Mas eis que aparece Zadoque e meu espírito se alegra, meu sono
desperta! "Oh, queria ser como esse sacerdote, por favor Senhor, nos
ajuda a deixarmos um legado como o de Zadoque!" Dele escreve Ezequiel:
“ Será para os sacerdotes uma porção desta santa oferta,
medindo para o norte vinte e cinco mil canas de comprimento, para o
ocidente dez mil de largura, para o oriente dez mil de largura, e
para o sul vinte e cinco mil de comprimento; e o santuário do Senhor
estará no meio dela. Sim, será para os sacerdotes consagrados
dentre os filhos de Zadoque, que guardaram a minha ordenança, e não
se desviaram quando os filhos de Israel se extraviaram, como se
extraviaram os outros levitas.”Ezequiel 48: 10,11.
Fechei
a Bíblia e
guardei a lição no coração. Zadoque, justo, fiel e honesto. Seria
dessa forma que se escreveria nossa história para os descendentes?
Em algum lugar onde formos mencionados, haverá essa pausa – tal
qual a feita por Ezequiel – para enfatizar nossa filiação com
Deus? Zadoque nos fala sobre chamado, estilo de vida, comportamento, fé e
obediência.Percebamos que ele foi fiel em meio a uma geração de
infiéis.
Que
o amor de Deus seja nosso combustível diário, Aquilo que nos faz
incomodados com o pecado, tementes e dependentes. Humanos, falhos, porém
perseverantes em agradar a Deus sendo verdadeiros na adoração. Nas
pequenas coisas, que não são feitas perante o público, mas reservadas
aos olhos do Pai, em secreto. E assim, mediante a graça Divina, o
legado de Zadoque não estará tão distante de nós.
Em Cristo, O Rio do profeta do rio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário