O rio cujo nome ignoramos
Por vezes, como o tigre de Jorge Luís Borges
passamos pela margem do rio
cujo nome ignoramos
pode ser a Morte
ou a Manhã futura, forma clara
que se move desde o Arché
em que Deus está, é aqui
que os nossos olhos se repartem
olhar o abismo sob a água
ou deixarmos que corra
à superfície da frescura, o rasto
do odor que se segue até ao mar.
2/5/2014
João Tomaz Parreira
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