"Se eles querem que eu acredite no seu deus,
eles vão ter que cantar comigo melhores músicas.
Eu só poderia acreditar em um deus que dança."
- Friedrich W. Nietzsche (1844-1900)
Filósofo alemão
Wilma Rejane
Com
a frase acima o filosofo Nietzsche, desafia o Deus dos cristãos em sua
obra “Assim Falou Zaratustra” . Segundo ele, e revestido de um
personagem do zoroastrismo,
o cristianismo era a maior desgraça da humanidade e uma “muleta” para
os fracos. O homem deveria decretar a morte de Deus para se tornar enfim
um “super-homem”, confiando em seu potencial interior para ser
vitorioso (?). Ironicamente, Nietzsche, havia nascido em lar protestante
, seus avós eram pastores luteranos. Ele ingressou na teologia, mas
abandonou a fé ao se aprofundar na Filosofia.
O pensamento de Nietzsche,
influenciou significativamente o mundo moderno - infelizmente – e
continua fazendo adeptos até nossos dias. Pobre Nietzsche, viveu de
forma miserável , convalescendo de tantos males que peregrinou por
diversos lugares na tentativa de que em alguns deles, o clima lhe fosse
favorável: Veneza, Gênova, Turim , Nice... até terminar seus dias em um
sanatório em Basileia. Ele não sabia, mas desconfio – tenho fortes
motivos para isso - que padecia de infelicidade crônica. A falta de fé
no Deus que dança esvaziou seu ser e para onde se movesse não encontrava
paz. Ele a procurou em muitos lugares, mas ao matar dentro de si, o
Deus que poderia salvá-lo , morre ele.
O
Deus que dança é tão latente que é impossível torna-Lo ausente. Ele
dança nas nuvens, na natureza, nos homens. Através do movimento dos dias
dos poentes e nascentes quando o céu muda em cores e luminosidade. Deus
dança nas folhas das árvores que balançam pela força do vento, que se
umedecem pelas 'lágrimas” do orvalho. Deus dança na brisa que nos
acaricia, na lua que ora é cheia, nova, minguante, crescente. A lua
dança com as estrelas, com a noite que chega, que se vai. Deus dança no
mar quando rugem as ondas, bravas e mansas, “varrendo” a areia,
emprestando movimento aos navegantes de um país a outro. Deus dança e
canta por todos os dias pois sem Sua “batuta”, Sua harmonia, Sua voz,
nem vida existiria.
Sofonias
3:17 diz: “O Senhor teu Deus está no meio de ti, poderoso para te
salvar, Ele se deleitará em ti com alegria, calar-se-á por seu amor,
regozijar-se-á em ti com júbilo”. Alegria = Rinnah
(Stong 07440) significa “dar brados de júbilo, aclamar, aplaudir
fortemente com triunfo; cantar”. Literalmente: Deus dançara sobre o seu
povo, jubilara, dará brados de vitória com alegria”.
Esse
é o Deus dos cristãos, que dançou com seu povo ao abrir o mar vermelho,
recolhendo as ondas como em espelhos para libertá-los do Egito. Rinnah
foi a música que embalou as vitórias de Abraão, Isac e Jacó. O Isac,
batizado riso, porque Deus dançou com o tempo grávido de promessas para
uma mãe estéril e um pai de quase 100 anos. Deus dançou com os antigos
profetas e suas visões precisas do futuro que anunciavam o Messias
Salvador nascido em Belém da Judéia, porque O Espírito Santo dançou no
ventre de uma virgem, chamada Maria, obedecendo a melodia de Deus
Criador.
Deus
dança através do tempo e faz natureza cantar, diz o Salmo 65:8-13: “Tu
visitas a terra, e a refrescas; tu a enriqueces grandemente com o rio
de Deus, que está cheio de água; tu lhe preparas o trigo, quando assim a
tens preparada. Enches de água os seus sulcos; tu lhe aplanas as levas;
tu a amoleces com a muita chuva; abençoas as suas novidades. Coroas o
ano com a tua bondade, e as tuas veredas destilam gordura. Destilam
sobre os pastos do deserto, e os outeiros os cingem de alegria. Os
campos se vestem de rebanhos, e os vales se cobrem de trigo; eles se
regozijam e cantam. “
Quem,
a não ser um Deus que dança, desceria do céu para festejar com os
homens a morte da morte? Quem, a não ser um Deus que dança se
ofereceria em sacrifício de morte pela humanidade para ressurgir vivo ao
terceiro dia? Oh, poderosa melodia do Deus que dança!!! Aleluia é o Teu
cântico preferido, a Ti entoamos louvores de gratidão por ter vindo
dançar com teu povo! Por todos os lugares se ouve a Tua voz, ainda no
silêncio Te ouvimos. O que seria de nós, não fora um Deus que dança e
que nos convida para dançar com Ele, no banquete celestial onde já não
haverá lágrima, nem pranto, nem qualquer dor?
Bendito
esse Deus que não se cansa de dançar nos corações que se transformam
pela obediência a canção da Cruz, entoada aos quatro cantos da terra:
Jesus, Jesus, Jesus! Amo esse Deus que nos faz dançar de alegria por
ouvir Sua voz de Pai amoroso.
Nietzsche
só poderia estar aturdido, embriagado por canções infernais vindas de
um mundo onde não se pode dançar. É isso, prisioneiros não dançam.
Escravos não podem dançar. Só mesmo a misericórdia de um Deus que dança
para o libertar. Jamais ele ou algum outro incrédulo poderia encontrar
paz e felicidade não fora nos braços do Cristo ressuscitado que se move
em dança para perdoar e amar.
7 comentários:
Que texto lindo!!
Muito Bom!!
Posso postar lá no Arte de Chocar?
Oi Antognoni!
Pode postar,claro.
Belo texto!
Lindo!!
Muito boa essa leitura. Obrigado!
Deus enlouquece os sabios deste mundo.ele e também simples que só os pobres de espírito podem conhece-lo
Estava estudando sobre Nietzsche e só via pessoas compactuando com seus ideais... Achar esse texto foi como encontrar um agulha num palheiro. E que bela agulha! Num palheiro tão sujo e atordoado, como o de Nietzsche.
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