Tijolo e cimento |
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A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis
uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei.
Romanos 13;8.
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João Cruzué
É
possível ter dons espirituais e não ter amor? É possível pregar o
Evangelho, com muita graça em cima de um púlpito, e não sentir amor por
ninguém? É possível ter os nove dons do Espírito Santo e mesmo assim não
ter nenhuma solidariedade com o próximo? A leitura do Evangelho e da
Carta de Paulo aos Coríntios aponta para esta realidade. Sendo mais
incisivo: Nós vivemos em uma época de muitas Igrejas, muitas Bíblias de
Estudos, muito conhecimento bíblico, muita erudição, ortodoxia,
doutorado - mas apesar de tudo isso - vivemos tempos de baixíssima
solidariedade e compaixão.
Como
pode ser isto? Alguém já comentou (e não me lembro quem) que se puser
um sapo na panela com água fria, se esta panela estiver no fogo, a água
vai esquentar, o bichinho vai morrer cozido, pois não sentirá a subida
da temperatura. Como também morreria de frio se se congelasse a água.
Coisa intrigante. E preocupante.
Assim
também pode acontecer com o mais pio dos crentes ou o mais sábio dos
pastores. Acostumar com a temperatura do ambiente. Metamorfosear com os
ventos da cultura narcisista vigente. É uma leitura destoante, hoje, ler
a respeito do serviço cristão. De servir. De se colocar na posição de
servir.
Nossa
época é a do narciso. Da sanguessuga falada na Bíblia. Agradecer não é
dizer "muito obrigado"; é demonstrar agradecimento com atitude e um
espírito de gratidão. Amar não pode ser só um verbo intransitivo, nem
reflexivo. É preciso que seja transitivo.
Tive uma visão no passado. E nela eu pude ver o prédio de uma Igreja que estava fora do prumo, com uma inclinação para trás de quase um metro. Suas colunas estavam com os ferros à mostra. E a laje que ficava acima dos bancos onde se assentava o Círculo de Oração tinha caído. E caiu, porque uma coluna arriou.
E eu perguntei: Por que foi que a coluna que sustentava esta laje arriou? E alguém que não identifiquei na visão disse: Puseram pouco cimento. Por um bom tempo, procurei interpretar qual seria o significado do cimento naquela construção. E consegui a resposta.
A falta de cimento está generalizada em quase todas as Igrejas Evangélicas de hoje. Falo das Igrejas Evangélicas, porque também sou protestante. Estamos vivendo uma terrível época de falta de amor. Tudo está funcionando. Igrejas e mais Igrejas. Templos cada vez maiores estão sendo construídos, mas em lugar do amor, vemos uma administração corporativista.
Tal qual na Parábola do Bom Samaritano, os sacerdotes e os levitas de hoje passam ao largo dos caídos à beira da morte porque perderam a capacidade de amar. Passam correndo para construir mais templos. Passam correndo atraídos por coisas que pertencem à cultura eclesiástica do momento.
Não há mais visitas. Nem discipulado. Nem solidariedade. Nem paixão pelas almas. Até missões, hoje, em muitas das vezes é investimento apenas para publicidade.
Por que está faltando cimento? Talvez seja porque ele tenha esfriado, endurecido ou porque não haja mais compradores. O curioso é que a fábrica do cimento continua funcionando. Veja Romanos 5:5.
Tive uma visão no passado. E nela eu pude ver o prédio de uma Igreja que estava fora do prumo, com uma inclinação para trás de quase um metro. Suas colunas estavam com os ferros à mostra. E a laje que ficava acima dos bancos onde se assentava o Círculo de Oração tinha caído. E caiu, porque uma coluna arriou.
E eu perguntei: Por que foi que a coluna que sustentava esta laje arriou? E alguém que não identifiquei na visão disse: Puseram pouco cimento. Por um bom tempo, procurei interpretar qual seria o significado do cimento naquela construção. E consegui a resposta.
A falta de cimento está generalizada em quase todas as Igrejas Evangélicas de hoje. Falo das Igrejas Evangélicas, porque também sou protestante. Estamos vivendo uma terrível época de falta de amor. Tudo está funcionando. Igrejas e mais Igrejas. Templos cada vez maiores estão sendo construídos, mas em lugar do amor, vemos uma administração corporativista.
Tal qual na Parábola do Bom Samaritano, os sacerdotes e os levitas de hoje passam ao largo dos caídos à beira da morte porque perderam a capacidade de amar. Passam correndo para construir mais templos. Passam correndo atraídos por coisas que pertencem à cultura eclesiástica do momento.
Não há mais visitas. Nem discipulado. Nem solidariedade. Nem paixão pelas almas. Até missões, hoje, em muitas das vezes é investimento apenas para publicidade.
Por que está faltando cimento? Talvez seja porque ele tenha esfriado, endurecido ou porque não haja mais compradores. O curioso é que a fábrica do cimento continua funcionando. Veja Romanos 5:5.
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