Para as crianças que não regressaram da Escola, no Haiti
A ouvir “Rondine al nido”
Esperei em vão mas não vieste
O regresso não teve mar bilhante
nem Ítaca nem Penélope
Andorinha
que o sol secou as asas
no pó do chão
A minha varanda está deserta
O silêncio ao redor
não é do azul céu
não bate já com tuas asas
Não poderei beijar
os teus cabelos crespos
a forma clara
do teu corpo negro, filho
ou filha que a escola me escondeu.
16/1/2010
A ouvir “Rondine al nido”
Esperei em vão mas não vieste
O regresso não teve mar bilhante
nem Ítaca nem Penélope
Andorinha
que o sol secou as asas
no pó do chão
A minha varanda está deserta
O silêncio ao redor
não é do azul céu
não bate já com tuas asas
Não poderei beijar
os teus cabelos crespos
a forma clara
do teu corpo negro, filho
ou filha que a escola me escondeu.
16/1/2010
Poema Inédito de João Tomaz Parreira
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