sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Lutero odiava e perseguia os judeus

Ainda no começo da sua posição como teólogo e reformador Lutero até gostava dos judeus veja o que ele dizia sobre eles: “Os judeus são parentes de sangue do Senhor; se fosse apropriado vangloriar-se na carne e no sangue, os judeus pertencem mais a Cristo do que nós. Rogo, portanto, meu caro papista, que se te cansares de me vilipendiar como herético, que comeces a me injuriar como judeu”.


Entretanto, quando eles não se uniram a Lutero em suas críticas violentas à Igreja Romana, ele afirmou: “Todo sangue da mesma linhagem de Cristo queime no inferno, e eles com certeza merecem isso, de acordo com suas próprias palavras que falaram a Pilatos”.

É importante ressaltar que o ódio alemão aos judeus não é o mesmo que o Nazista, embora o que o Nazismo fez pode muito bem ser a representação do que Lutero tinha recomendado cerca de 400 anos antes. O ódio de Lutero aos judeus se baseava na religião, ou seja, se um judeu que passasse a ser protestante não seria mais um alvo de Lutero, já o ódio Nazista matava todos os judeus possíveis (cristãos ou não).

Embora não seja o único, o texto anti-judeu mais famoso de Lutero se denomina Sobre os Judeus e Suas Mentiras, ou Contra os Judeus e Suas Mentiras. Caso você tenha interesse em comprar, existe uma editora neonazista no Brasil (Editora Revisão de S.E. Castan) que ainda tenta publicar ele (embora seja proibida a circulação de livros dessa editora). Engraçado que o famoso Reformador possua hoje textos sendo publicados em uma editora Neonazista. Eis aqui o famoso panfleto na integra:

SOBRE OS JUDEUS E SUAS MENTIRAS - Martinho Lutero


O que devem fazer os cristãos contra este povo rejeitado e condenado, os judeus? Já que eles vivem entre nós, não devemos ousar tolerar a sua conduta, agora que sabemos das suas mentiras e suas injúrias e suas blasfêmias. Se o fizermos, tornamo-nos participantes de suas mentiras, sua injúria e sua blasfêmia. Portanto não temos como apagar o inextinguível fogo da ira divina, da qual falam os profetas, e tampouco temos como converter os judeus. Com oração e temor de Deus devemos colocar em prática uma dura misericórdia, para ver se conseguimos salvar pelo menos alguns deles dentre as chamas crescentes. Não ousamos vingar a nós mesmos. Vingança mil vezes pior do que qualquer uma que poderíamos desejar já os toma pela garganta. Quero dar-lhes minha sincera recomendação:

Em primeiro lugar, queimem-se suas sinagogas e suas escolas, e cubra-se com terra o que recusar-se a queimar, de modo que homem algum torne a ver deles uma pedra ou cinza que seja. Isso deve ser feito em honra de nosso Senhor e da Cristandade, de modo que Deus veja que somos cristãos, e não fazemos vista grossa ou deliberadamente toleramos tais mentiras, maldições e blasfêmias públicas tendo como alvo seu Filho e seus cristãos. Pois o que quer que tenhamos tolerado inadvertidamente no passado – e eu mesmo estive ignorante dessas coisas – será perdoado por Deus. Mas se nós, agora que estamos informados, protegermos e acobertarmos essa casa de judeus, deixando-a existir debaixo do nosso nariz, na qual eles mentem, blasfemam, amaldiçoam, vilipendiam e insultam a Cristo e a nós, seria o mesmo que se estivéssemos fazendo tudo isso e muito mais nós mesmos, como bem sabemos.

Em segundo lugar, recomendo que suas casas sejam também arrasadas e destruídas. Pois nelas eles perseguem os mesmos objetivos que em suas sinagogas. Eles devem ao invés disso ser alojados debaixo de um único teto ou pavilhão, como ciganos. Isso fará com que eles aprendam que não são senhores no nosso país, da forma como se vangloriam, mas que vivem em exílio e no cativeiro, da forma como gemem e lamentam incessantemente a nosso respeito diante de Deus.

Terceiro, recomendo que todos os seus livros de oração e obras talmúdicas, nos quais são ensinadas tais idolatrias, mentiras, maldições e blasfêmia, sejam tirados deles.

Quarto, recomendo que seus rabis sejam de agora em diante proibidos de ensinar, sob pena de morte ou da amputação de algum membro. Pois eles perderam da forma mais justa o direito a tal posição ao manterem os judeus cativos com a declaração de Moisés (em Deuteronômio 17.10ss.) na qual ele ordena que obedeçam os seus mestres sob pena de morte, embora Moisés acrescente claramente: “o que eles ensinam segundo a lei do Senhor”. Esses desprezíveis ignoram isso. Eles arbitrariamente empregam a obediência do pobre povo de forma contrária à lei do Senhor, infundindo neles esse veneno, essa maldizer, essa blasfêmia. Do mesmo modo o papa nos manteve cativos com a declaração de Mateus 16, “Tu és Pedro,” etc, induzindo-nos a crer em todas as mentiras e falsidades que provinham de sua mente diabólica. Ele não ensinava em conformidade com a palavra de Deus, e perdeu, portanto seu direito a ensinar.

Quando um judeu se converter, serão dados a ele cem, duzentos ou trezentos florins.

Quinto, recomendo que o salvo-conduto para o livre-trânsito nas estradas seja completamente negado para os judeus. Eles não tem o que fazer no campo, visto que não são proprietários de terras, oficiais do governo, mercadores ou coisa semelhante. Que fiquem em suas casas.

Sexto, recomendo que sejam proibidos de emprestar a juros, e que todo o dinheiro e peças de ouro e prata sejam tomados deles e colocados sob custódia. O motivo de tal medida é que, como foi dito, eles não possuem qualquer outro modo de ganhar a vida que não seja emprestar a juros, e através da usura furtaram e roubaram de nós tudo que possuem. Esse dinheiro deveria ser agora usado para nenhum outro fim que não o seguinte: quando acontecer de um judeu se converter, serão dados a ele cem, duzentos ou trezentos florins, da forma como sugerirem suas circunstâncias pessoais. Com isso ele poderá estabelecer-se em alguma ocupação de modo a sustentar sua pobre mulher e filhos e dar suporte aos velhos e fracos. Pois tais ganhos malignos são amaldiçoados se não colocados em uso com a benção de Deus numa causa digna e justa.

Sétimo, recomendo que se coloque um malho, um machado, uma enxada, uma pá, um ancinho ou um fuso nas mãos dos jovens judeus e judias, e deixe-se que eles ganhem o seu pão com o suor do seu rosto, como foi imposto sobre os filhos de Adão (Gênesis 3:19). Pois não é justo que eles deixem que nós, os gentios malditos, labutemos debaixo do nosso suor enquanto eles, o povo santo, gastam o seu tempo atrás do fogareiro, banqueteando-se e peidando, e acima de tudo isso vangloriando-se blasfemamente do seu senhorio sobre os cristãos através do nosso suor.

Martinho Lutero, Sobre os Judeus e Suas Mentiras, 1543


Em um outro texto Shem Hamphoras(um tratado contra os judeus) Lutero rapidamente reproduz a lenda judaica e a ataca todo o resto do livro. Nesse tratado ele faz a seguinte referência ao panfleto Sobre os Judeus e Suas Mentiras:

“Eis porque não dei àquele panfleto o nome de Contra os Judeus, mas Contra os Judeus e Suas Mentiras, para que os alemães possam conhecer através da evidência histórica o que é um judeu, de modo a poderem alertar nossos cristãos contra eles da mesma forma que os alertamos contra o próprio Diabo, a fim de fortalecermos e honrarmos nossa crença; não para converter os judeus, o que seria quase tão impossível quanto converter o Diabo.”Martinho Lutero, em ‘Shem Hamphoras’.


A maior parte dos textos foram retirados do blog Bacia das Almas, traduzido do inglês por Paulo Brabo, o mesmo tradutor do famoso livro “Evangelho Maltrapilho” de Brennan Manning.

3 comentários:

Unknown disse...

Li o texto e encontrei bastante informação, ..., mas não me ficou claro a idéia de que o posicionamento de Lutero é considerado errado ou correto?

Poderiam me tirar esta dúvida?
meu email é ricardoinaciodondoni@ig.com.br

António Je. Batalha disse...

Seja ele quem for, que persiga quem quer que seja está totalmente errado.
Mas há coisas que devemos pensar, Deus nunca usa alguém que não ame o próximo, se Ele o fizesse estava a mostrar-se igual, e eu não acredito num Deus perseguidor, mas num Deus cheio de amor.Repare que hoje se alguém disser mal de um pastor mesmo com razão, é censurado, e num aspecto com razão, porque não estamos cá para julgar os outros, mesmo tendo razão.Então pergunto também. Deus está aliado a uma perseguição contra os judeus? Vamos acreditar naquilo que tem lógica.

JULIANA LOPES disse...

Penso o seguinte, quando Cristo ainda estava nessa terra e próximo a ser crucificado eles (judeus) junto a toda a multidão disseram que o sangue de Cristo caísse sobre eles e todos os seus filhos (mateus 27:25); pelo que vejo esse pedido tão clamado perante Pilatos, para que Cristo fosse logo crucificado, e a pompa e o orgulho deles voltassem a reinar, apenas foi atendido o pedido, entendo como um clamor, eles pediram e receberam, com uma grande guerra de extermínio e sofrimento deles mesmos.
Deus é bom é puro, ama tanto justos como injustos, tanto judeus como Católicos ou evangélicos, mais a partir do momento que eu decido que não quero estar mais ao seu lado, nada pode ser feito por mim, o que me aguardará no futuro é somente um futuro de trevas e sofrimento, digo isso para mim e também para você leitor.
Quando nos decidimos separar de Cristo, ele retira de nós sua proteção e cuidado, e ficamos a mercê de Satanás e dos homens inspirados por ele.

Isso foi o que aconteceu com os judeus, quando Hitler deu início ao extermínio das pessoas com crenças judia.

Reflita e um Forte abraço!