A caminho da morte não falou, a sua boca
reservava-se ao silêncio divino, dentro da alma
chorava talvez. Assim vi o melhor espírito de Israel
consumido pela dor
numa cruz, vestido do seu próprio sangue
atravessando o
coração do Pai.
Ao meu lado a arrastar a voz ferida
a deixar no ar palavras de perdão.
Digo
aquela cruz não era para um Deus, eu que sou
um malfeitor a quem
Ele deu uma rua de ouro
no Paraíso.
08-10-2015
© João Tomaz Parreira
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