“Quando
eu morrer, vou contar tudo a Deus”
pouco
serviu Lizt compor
um
Rêve d’amour, ou a beleza
das
macieiras entre os bosques
do
Cântico dos Cânticos
direi
que fui um lírio entre os espinhos
Muito
pouco valeu o perfume
da
noite das rosas de Damasco
para
pouca coisa serviu
ter
ficado em delírio a sonhar a paz
multicolor
dos vestidos
das
meninas que jogaram comigo
Vou
contar tudo, o que valeu às nossas mães
terem
o mel
nos
favos dos seus dedos?
Valeu
pouco, à luz que passa
entre as sombras das palmeiras
ficar
à roda do meu corpo.
11-05-2014
©
João Tomaz Parreira
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