terça-feira, 16 de dezembro de 2008

O Salmo dos Degraus


Eu vejo-os pelos ombros, cordeiros
atados nas cordas da mudez.
Aguardam a sonolência da morte.
Vão pelas sombras, curvando
a solidão nas suas costas,
sobem não tendo horizontes
senão as nuvens,
não têm poços, nem estrelas
como orvalho que entretece o céu.
Os caminhantes percorrendo os montes
tenho-os visto, pequenos
orifícios nos sapatos
que pisam caminhos sem regresso.

Poema de J.T.Parreira

Um comentário:

Catarina disse...

bom ler esse poema!
já estou "googlando" esse autor!
mt bom conhecer novos autores
té mais!